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Cidades

Em MS, matrículas de jovens em universidades caem 2,3%

Dado é do Anuário de Educação Básica sobre 2018. Presidente da Adufms acreditam que crise e queda de recursos sejam responsáveis

Izabela Sanchez | 25/06/2019 12:54
Campus da UFMS em Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Campus da UFMS em Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

A procura de jovens entre 18 e 24 anos por universidades públicas e privadas em Mato Grosso do Sul diminuiu 2,3% entre 2017 e 2018. Os dados são do Anuário Brasileiro de Educação Básica 2019, que abrange todas as modalidades de ensino do país, com foco no que pedem as 20 metas do PNE (Plano Nacional de Educação).

No estado, as matrículas em universidade eram 23,7% em 2017 e caíram para 21,4% em 2018. Presidente da Adufms (Associação de Docentes da UFMS), Marco Aurélio Stefanes remete duas questões à essa diminuição: crise econômica e corte de recursos.

“Eu acompanhei que houve uma queda e o principal fator é a crise econômica. Quando acontece uma crise econômica, nas privadas o aluno não tem condição de continuar bancando, nas públicas também acontece um processo parecido. Aquele aluno que tem que trabalhar, larga a faculdade, a família acaba não conseguindo ajuda-lo”, disse.

Marco Aurélio afirma que na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), por exemplo, 73% dos alunos tem rendimento pouco superior a um salário mínimo, equivalente a R$ 1600. “Nós temos cursos de enfermagem em Coxim em que 50% dos alunos são bolsistas, porque são mães que têm famílias, essa bolsa de R$ 400 ajuda a manter a família e a permanecer no curso”, comenta o professor.

“Toda essa situação faz com que haja uma redução nos matriculados na universidade”, complementa o presidente da Associação que afirma que a UFMS expandiu o número de vagas, mas não o investimento.

Docentes na educação superior - Em Mato Grosso do Sul, conforme o Anuário, havia 79,9% de mestres e doutores nas universidades, parte do corpo docente e 42,1% de doutores. O número de mestres titulados alcançou os 827 e de doutores, 180.

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