Em MS sistema identifica armas envolvidas em vários crimes
Mais de 1,2 mil vestígios foram inseridos na base nacional de dados desde julho de 2023
Cada tiro deixa 'uma digital', uma marca única deixada pelo projétil e pela cápsula da munição ao serem disparados por uma arma de fogo. Com base nisso, a Polícia Científica de Mato Grosso do Sul conseguiu associar a mesma 'digital' em vários crimes distintos com a ajuda do SINAB (Sistema Nacional de Análise Balística).
RESUMO
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A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul, utilizando o Sistema Nacional de Análise Balística (SINAB), identificou a mesma arma em dois crimes distintos. O sistema, que cruza informações de munições recolhidas em locais de crime, possibilitou a ligação entre um homicídio ocorrido no interior do estado em 2024 e um crime anterior em Mato Grosso. A confirmação se deu por meio de exame físico no laboratório parceiro da Polícia Científica do estado vizinho. Em outro caso, na capital sul-mato-grossense, uma arma apreendida por porte ilegal foi associada a quatro crimes distintos após análise dos vestígios balísticos. Desde a integração do estado ao SINAB, em julho de 2023, foram registradas 58 coincidências balísticas, com mais de 1,2 mil vestígios inseridos na base nacional. O sistema, coordenado pelo Ministério da Justiça, utiliza tecnologia que identifica marcas únicas de armas, permitindo a comparação de munições entre diferentes estados e países, agilizando a resolução de crimes.
O sistema permite cruzar informações de munições recolhidas em cenas de crime, ajudando a esclarecer casos que antes estavam isolados. Um dos casos ocorreu no interior do estado, em 2024, durante a investigação de um homicídio.
O levantamento mostrou que arma apreendida na Capital, em uma ocorrência de porte ilegal, foi usada outras vezes. Embora inicialmente o caso não envolvesse crime violento, a equipe do Núcleo de Balística Forense decidiu analisar os vestígios e incluir os dados no sistema.
O resultado surpreendeu, pois a arma estava ligada a quatro crimes diferentes ocorridos em Campo Grande. Os laudos foram encaminhados às delegacias responsáveis, que agora podem avançar nas investigações. Não foram divulgados detalhes sobre esse caso, por se tratar d einvestigação em andamento.
Após exames técnicos, a arma usada foi inserida no banco nacional de dados. O SINAB indicou que ela também havia sido utilizada anteriormente em um crime em Mato Grosso. A confirmação foi feita por exame físico no laboratório parceiro da Polícia Científica do estado vizinho.
Segundo a perita criminal Karina Rébulla Laitart, que coordena o banco de perfis balísticos no estado, o SINAB é uma ferramenta que conecta fatos aparentemente isolados e reforça o trabalho da perícia. “O sistema fortalece o esclarecimento de crimes e a integração entre estados”, explicou.

Números - Desde que Mato Grosso do Sul passou a integrar oficialmente o SINAB, em julho de 2023, já foram registradas 58 coincidências balísticas. Mais de 1,2 mil vestígios foram inseridos na base nacional.
O trabalho é feito com equipamentos modernos, adquiridos por meio de investimentos de mais de R$ 5,9 milhões, incluindo microscópios digitais e câmaras de recuperação de projéteis.
Coordenado pelo Ministério da Justiça, o SINAB permite que munições encontradas em crimes sejam comparadas entre diferentes estados e até em outros países, com uso de tecnologia que identifica as marcas únicas deixadas pelas armas. A plataforma é uma aliada da perícia no esclarecimento de crimes com mais rapidez e precisão.
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