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Cidades

Gaeco, Choque e Bope voltam às ruas contra o PCC

Menos de um mês atrás, operação prendeu integrantes da "Sintonia dos Gravatas"

Anahi Zurutuza e Dayene Paz | 18/04/2022 07:53
Equipe do Bope chegando à sede do Gaeco na Capital. (Foto: Marcos Maluf)
Equipe do Bope chegando à sede do Gaeco na Capital. (Foto: Marcos Maluf)

Quase um mês depois de prender integrantes da “Sintonia dos Gravatas” e desvendar esquema de vazamento de informações sigilosas e troca de mensagens entre líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) por meio de advogados, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) deflagrou nova operação que mira a facção criminosa.

Operação “Sintonia” cumpre 67 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande, Dourados, Amambai, Bela Vista, Corguinho, Maracajú, Naviraí, Nova Andradina e Rochedo. O Batalhão de Choque da Polícia Militar e o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especial) também estão na missão.

São 20 equipes das “tropas de elite” da PM nas ruas – 13 do Choque e 7 do Bope. Mandados de prisão já foram cumpridos e pelo menos uma arma de fogo apreendida, conforme apurado pelo Campo Grande News.

Como de praxe, a operação foi mantida no máximo sigilo e policiais militares que dão apoio só foram informados quem eram os alvos e endereços dos mandados nesta segunda-feira, por volta das 5h.

Mulher foi presa durante cumprimento de mandado pelo Gaeco em Dourados. (Foto: Adilson Domingos)
Mulher foi presa durante cumprimento de mandado pelo Gaeco em Dourados. (Foto: Adilson Domingos)

Conforme divulgado pelo Gaeco, as investigações preliminares chegaram às comunicações entre os integrantes do PCC que "mesmo do interior do sistema prisional e, muitas vezes, já condenados por integrarem organização criminosa, mantinham-se em sintonia com faccionados em liberdade, valendo-se do uso de comunicações telefônicas, a fim de autorizar, gerenciar, coordenar e praticar supostos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, roubo, sequestros e homicídios em Mato Grosso do Sul".

O Gaeco identificou também a prática de diversos crimes relacionados à estrutura financeira do PCC, "uma vez que as condutas investigadas diziam respeito à movimentação criminosa da facção para angariar capital ilícito". Além disso, também foram interceptadas ordens para "punir e manter a disciplina de integrantes que não seguiam as diretrizes da organização criminosa como deixar de quitar débitos com a comercialização de drogas ou arrecadação das “rifas” (espécie de loteria do crime)".

Esta é a segunda operação contra o PCC em menos de 30 dias. No dia 25 de março, a “Courrier”, da palavra francesa que na tradução literal para o português significa “correspondência”, cumpriu 38 mandados judiciais em Campo Grande, Dourados, Jardim e Jaraguari. O nome da operação fazia referência ao “leva e traz” de informações de dentro para fora de penitenciárias e vice-versa. Os alvos já foram denunciados à Justiça.

(*) Matéria alterada às 8h23 para acréscimo de informações.

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