Letalidade sobe em MS, com Capital e Corumbá considerados novos epicentros
O Estado já não é o com menor taxa de letalidade no Brasil
A taxa de letalidade da covid-19 subiu em Mato Grosso do Sul e atinge neste domingo 1,4%. O Estado já não é o com menor índice no Brasil. Santa Catarina, por exemplo, registra 1,26%. e no Distrito Federal a letalidade é de 1,3%. O avanço nessa taxa é o principal indicativo da necessidade de medidas severas de controle do coronavírus.
Como os números de domingo costumam ser inferiores por conta do recesso do dia anterior, hoje, oficialmente, o boletim epidemiológico aparece com menos da metade das mortes de ontem. São 6 óbitos oficialmente registrados em Mato Grosso do Sul nas últimas 24 horas, entre eles, de uma gestante de 37 anos, em Dourados.
Morte em São Gabriel do Oeste, por exemplo, não entrou no boletim. Mulher de 43 anos, renal crônica, faleceu na madrugada. Ela estava internada em Campo Grande, no Hospital Regional.
A quantidade de infectados em um dia também é menor, 397 a mais, com 16.403 contaminados no total aqui no Estado. Outro indicador positivo é a redução de internações em relação ao sábado, mas em variação bem pequena. Hoje, 175 pacientes estão em UTIs, ontem eram 177. Já em internações no geral, a diferença foi maior, de 372 para 363 hoje.
Epicentros - Campo Grande e Corumbá já são apontadas como os novos epicentros da doença no Estado, pelo ritmo acelerado de contágio e mortes.
Há semanas a Capital é recordista diária em registros de infectados. Só hoje, foram mais 224, com total de 6.054 contaminações, 1584 a mais relação ao sábado passado. A taxa de ocupação de UTIs segue a maior de Mato Grosso do Sul, 84%.
O número de mortes é o maior também entre os 75 municípios com casos confirmados da doença. São 62 vítimas fatais na Capital, no domingo passado era 35. Mesmo assim, a taxa de letalidade ainda é menor que a do Estado, 1%.
Em Campo Grande, oficialmente nas últimas 24 horas morreram mais 3 homens. Vítima de 62 anos, era diabético, obeso e cardíaco. Outro paciente, de 76, também cardiopata, tinha doença neurológica como mais um agravante. O terceiro paciente tinha 61, diabético e com doença cardiovascular.
Corumbá registrou morte de uma mulher desde ontem, uma paciente de 45 anos, com pneumopatia crônica, obesidade e problemas de imunidade como comorbidades. A cidade chega a 21 mortes e taxa de letalidade bem superior à média estadual: 2,8%. Corumbá é o segundo também em ocupação de UTIs do SUS, 68%.
Uma mulher hipertensa, 84, morreu em Alcinópolis. 37, fora do grupo de risco, veio a óbito em Dourados.
