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Morre Rubem Fonseca, um dos maiores nomes da literatura brasileira

Ele sofreu um infarto em seu apartamento, no Leblon, foi levado imediatamente ao hospital Samaritano, mas não resistiu

Geisy Garnes | 15/04/2020 14:38
Morre Rubem Fonseca, um dos maiores nomes da literatura brasileira
O escritor Rubem Fonseca quando recebeu prêmio da Academia Brasileira de Letras, em 2015 (Foto: Ricardo Borges/Folhapress)

Rubem Fonseca, um dos maiores nomes da literatura brasileira, morreu no início da tarde desta quarta-feira (15), no Rio Janeiro, aos 94 anos. Segundo informações divulgadas pelo jornal O Globo, o escritor sofreu um infarto em seu apartamento, no Leblon, foi levado imediatamente ao hospital Samaritano, mas não resistiu.

Autor dos contos "Lucia McCartney" (1967), "Feliz ano novo" (1975) e "O cobrador" (1979), e romances como "O caso Morel" (1973), "A grande arte" (1983) e "Agosto" (1990), Fonseca completaria 95 anos no dia 11 de maio.

Nascido em Juiz de Fora (MG) em 1925, José Rubem Fonseca mudou-se para o Rio aos 8 anos de idade . Antes de estrear como escritor, vendeu gravatas no centro da cidade, foi escrivão de polícia nos anos de 1950 e 1960, e diretor do Ipes (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais) na década de 1970.

É considerado um dos mais originais escritores brasileiros, criador de uma narrativa “brutalista", com linguagem cinematográfica, feita de frases curtas, palavras pesadas, diálogos abundantes e ríspidos, e pela obsessiva relação temática entre violência e erotismo. Seu estilo renovou a literatura brasileira no século 20.

O escritor mineiro raramente era visto em eventos públicos, mas em 2015, ao recebeu o Prêmio Machado de Assis pela Academia Brasileira de Letras (ABL), falou sobre uma das características mais marcantes de seus textos, os palavrões. "Eu escrevi 30 livros. Todos cheios de palavras obscenas. Nós, escritores, não podemos discriminar as palavras. Não tem sentido um escritor dizer: 'Eu não posso usar isso'. A não ser que você escreva um livro infantil. Toda palavra tem que ser usada", disse ele.

Seu último livro de contos inéditos, "Carne crua", foi lançado há dois anos.

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