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Cidades

Mulher que matou idosa para não pagar dívida de R$ 1 mil vai a júri popular

Pâmela Ortiz confessou o crime; ela era pessoa de confiança da vítima

Lucia Morel | 06/05/2020 17:21
Pâmela está presa desde a época do crime. (Foto: Arquivo Kísie Anoiã)
Pâmela está presa desde a época do crime. (Foto: Arquivo Kísie Anoiã)

Pâmela Ortiz de Carvalho, 37 anos, que matou a idosa Dirce Santoro Guimarães, na época com 79 anos, em fevereiro do ano passado, vai ser julgada em júri popular, conforme determinação do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da I Vara do Tribunal do Júri.

Relatório de 21 páginas, relata o caso e decide que Pâmela será julgada por homicídio qualificado qualificado por motivo fútil e meio cruel, além de ser somado ao homicídio, o crime de ocultação de cadáver. A autora, que confessou o assassinato, está presa preventivamente desde a época do crime.

Conforme analisou o magistrado, a materialidade do crime “está demonstrada por meio dos laudos periciais de exame de corpo de delito – exame necroscópico, bem como de achado de cadáver e de determinação de perfil genético, bem como pelo teor dos depoimentos testemunhais”.

Para determinar as qualificantes do homicídio, que devem ser analisadas pelo júri, Garcete enfatizou que Dirce foi morta depois que esta descobriu que Pâmela estava usando seu cartão para fazer compras, o que evidencia o motivo fútil.

Já o meio cruel, decorre de a idosa ter sido morta ao ter a cabeça golpeada contra meio-fio por diversas vezes. “A quantidade de golpes parece ter sido excessiva e causado sofrimento desnecessário à ofendida, que teve sua cabeça batida contra o meio-fio da guia. De acordo com o Laudo Pericial em local de achado de cadáver, foram encontrados cabelo, sangue e massa encefálica da ofendida no local”.

Caso - Pâmela só admitiu ter assassinado a idosa ao ser informada pela polícia, que câmeras de segurança haviam flagrado o momento em que ela saiu com Dirce no dia do crime, em 23 de fevereiro do ano passado.

Antes de saber das imagens, ela havia negado até mesmo ter encontrado a vítima. Ainda conforme a investigação, as duas saíram juntas para tentar resolver os débitos que a mulher teria feito nos cartões de crédito da vítima, em torno de R$ 1 mil. Elas se desentenderam, Pâmela agrediu Dirce até a morte e abandonou o corpo.

Em depoimento à polícia, Pâmela alegou que durante uma discussão, a idosa ameaçou denunciá-la pelas compras feitas usando indevidamente o seu nome. Ela disse ainda que a aposentada tentou sair do carro em movimento e caiu, batendo a cabeça no meio-fio.

Desesperada e temendo ser descoberta, a mulher conta que pegou a cabeça da vítima e esmagou contra a guia. A autora era pessoa de confiança da idosa, fazia diversos serviços para Dirce, como o de transportá-la de carro para que a idosa resolvesse problemas ou pagasse contas.

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