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Cidades

"Pela última vez", juiz cobra defesas em processo por execução de Matheus

Aluízo Pereira dos Santos deu prazo de 5 dias para que advogados de ex-guarda e hacker apresentem alegações finais

Anahi Zurutuza | 21/07/2020 16:33
Marcelo Rios, em maio do ano passado, chegando ao Centro de Triagem Anízio Lima; ele foi pego com arsenal, o primeiro preso do grupo de extermínio alvo de operação meses depois (Foto: Henrique Kawaminami)
Marcelo Rios, em maio do ano passado, chegando ao Centro de Triagem Anízio Lima; ele foi pego com arsenal, o primeiro preso do grupo de extermínio alvo de operação meses depois (Foto: Henrique Kawaminami)

O juiz Aluízo Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal de Júri, deu prazo de 5 dias, a contar a data da intimação, para que as defesas do ex-guarda municipal Marcelo Rios e de Eurico dos Santos Mota, 28 anos, apontado pela Operação Omertà como o hacker que ajudou pistoleiros a monitorar alvo de execução, apresentem as alegações finais. Depois deste passo, o magistrado pode marcar o julgamento de parte dos réus acusados de executar por engano o estudante Matheus Coutinho Xavier.

Em despacho feito ontem, o juiz negou pedido dos advogados de Rios para que apresentassem a última manifestação em nome do cliente nos autos já desmembrados do processo, uma vez que a Justiça decidiu julgar separado os dois pistoleiros acusados de matar Matheus estão foragidos.

Advogado Alex Viana de Mello (no alto), Eurico (esquerda) e juiz Aluizio Pereira dos Santos, durante audência. (Foto: Reprodução)
Advogado Alex Viana de Mello (no alto), Eurico (esquerda) e juiz Aluizio Pereira dos Santos, durante audência. (Foto: Reprodução)

Para Pereira dos Santos, a defesa do ex-guarda municipal está agindo para atrasar o julgamento do cliente, uma vez que já havia tido dois prazos para fazer a alegações finais. O magistrado negou o pedido de Márcio de Campos Widal Filho e Nayara Crislayne Andrade Neves dando o prazo para a argumentação, “pela última vez”, ressaltou.

Já a defesa de Eurico foi intimada junto porque também não fez ainda a última manifestação no processo.

Trâmitação - Matheus, de 20 anos, foi vítima de engano. As investigações da Operação Omertà mostraram que dois pistoleiros, identificados como José Moreira Freires e Juanil Miranda Lima, mataram o rapaz no lugar do pai dele, o capitão reformado da Polícia Militar Paulo Roberto Teixeira Xavier.

São réus pelo crime sete acusados, todos apontados como integrantes de grupo de extermínio alvo da força-tarefa, deflagrada em setembro de 2019, pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) e pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).

A denúncia da morte de Matheus foi a primeira derivada das investigações da operação. No dia 28 de maio, o juiz decidiu desmembrar o processo. Dessa forma, a ação principal segue tramitando para cinco réus, denunciados como responsáveis pela encomenda da execução e pela intermediação do crime. Já outro processo, contendo as denúncias contra os assassinos de aluguel, fica parado até que os foragidos sejam presos.

Matheus Coutinho Xavier, executado no lugar do pai, em 9 de outubro de 2019. (Foto: Reprodução redes sociais)
Matheus Coutinho Xavier, executado no lugar do pai, em 9 de outubro de 2019. (Foto: Reprodução redes sociais)


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