População carcerária de MS cresce 33% em um ano e supera 29 mil detentos
Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança, há um deficit de 14.635 vagas em Mato Grosso do Sul

A população carcerária em Mato Grosso do Sul cresceu 33% no último ano, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (24). Os dados mostram que, em 2024, havia 29.488 pessoas privadas de liberdade, cerca de oito mil a mais do que no ano anterior. O número de presos aumentou tanto nos presídios masculinos quanto nos femininos.
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A população carcerária de Mato Grosso do Sul cresceu 33% em um ano, totalizando 29.488 detentos, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O estado enfrenta um déficit de 14.635 vagas, com uma razão de 2,0 presos por vaga. O número de óbitos no sistema prisional também aumentou, com 154 mortes registradas em 2024, superando a média nacional. Entre os detentos, 76,2% já foram condenados e 23,8% são presos provisórios. O sistema prisional masculino abriga 26.731 pessoas, enquanto 2.529 mulheres estão encarceradas. Apesar do aumento de mortes, os casos de suicídio diminuíram, passando de seis em 2023 para um em 2024.
Segundo a publicação, há 29.260 pessoas encarceradas no sistema prisional estadual e federal no Estado, além de outras 228 sob custódia da polícia em delegacias. Um dos dados mais alarmantes apontados pelo anuário é o déficit de vagas no sistema penitenciário: são 14.635 a menos do que o necessário. A razão preso/vaga é de 2,0, o que indica que há o dobro de presos em relação ao número de vagas disponíveis.
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O levantamento detalha que 26.731 pessoas estão presas em unidades masculinas, número que era de 20.034 no ano anterior. No sistema feminino, 2.529 mulheres estão encarceradas, 909 a mais do que em 2023. Já o número de pessoas mantidas em delegacias apresentou redução em relação ao ano anterior: passou de 245 para 228, sendo que, 213 são do sexo masculino e 15 do sexo feminino.
Das 29.488 pessoas privadas de liberdade no Estado, 76,2% já foram condenadas. Outras 7.029 são presas provisórias, o que representa 23,8% da população carcerária.
Em relação aos óbitos no sistema prisional, o anuário aponta que Mato Grosso do Sul registrou 154 mortes em 2024. O Estado apresenta uma média de mortalidade criminal de 136,7%, muito acima da média nacional, que é de 65,8%. O número também é maior que o do ano anterior: em 2023, foram 17 mortes; em 2024, foram 40, um aumento de 74,1%.
Já os óbitos por causas naturais ou motivos de saúde também colocam o Estado acima da média nacional. A taxa é de 256,3% em 2024, enquanto a média nacional é de 188,6%. Por outro lado, o número de suicídios no sistema prisional caiu em Mato Grosso do Sul. Em 2023, foram registrados seis casos; em 2024, apenas um.
Nesta edição do anuário, há dados sobre pessoas com deficiência no sistema prisional. Em 2024, 215 presos possuíam algum tipo de deficiência. Desses, 40 tinham deficiência intelectual, 88 física, 21 auditiva, 59 visual e 7 deficiências múltiplas.
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