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Cidades

Presa com arma já foi alvo da PF e é esposa de integrante do PCC

Larissa Barbosa Pacheco de Souza Fartare é investigada por integrar núcleo que distribui ordens da facção

Anahi Zurutuza | 18/04/2022 15:09
Viatura do Batalhão de Choque empenhada na Operação Sintonia nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)
Viatura do Batalhão de Choque empenhada na Operação Sintonia nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)

Pega com arma ilegal nesta segunda-feira (18), Larissa Barbosa Pacheco de Souza Fartare, 27, um dos alvos da Operação Sintonia, já foi presa em ação da PF (Polícia Federal), também por posse irregular de arma de fogo. Ela é mulher de Fábio Fartare, traficante condenado e apontado como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) com grau de liderança, tanto que já esteve preso sob o Regime Disciplinar Diferenciado (com regras mais rígidas) do Presídio Federal de Campo Grande.

Larissa é uma das investigadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) por fazer parte de núcleo da facção que atua fora dos presídios, distribuindo ordens dos líderes para o cometimento de crimes, por exemplo. Em 2020, era investigada pela PF de Minas Gerais, que em setembro daquele ano, deflagrou a Operação Caixa Forte 2 para desmantelar o núcleo responsável por remunerar integrantes do PCC.

Nesta manhã, durante cumprimento de mandado de busca na casa de Larissa, no Jardim Centro Oeste – bairro da região sul da Capital –, policiais do Batalhão de Choque encontraram arma calibre 32 cromada, com cabo de madeira e numeração raspada, numa das gavetas do guarda-roupas dela.

Histórico - Há dois anos, Larissa tinha uma espingarda, também ilegal, escondida na sapateira da residência. Conforme o auto de prisão em flagrante da época, policiais foram até a casa do Centro Oeste para cumprir mandado de busca e apreensão da residência e de prisão contra a mãe dela, Marlene Barbosa Silva. Numa edícula, onde Larissa vive com os três filhos, nos fundos da casa de Marlene, foi encontrada a arma e ela também acabou presa.

À PF, ela contou que havia adquirido a arma com um caminhoneiro desconhecido. Ainda durante o depoimento, afirmou que era responsável pelo transporte de correspondências de vários presos, mas negou pertencer à facção criminosa.

“Salário” - Questionada se já havia recebido dinheiro do PCC, ela negou. Segundo a polícia, em um das contas de mãe e filha, foram identificados pelo menos dois pagamentos realizados pela facção de R$ 1,5 mil cada.

Ela alega, contudo, que ganhava dinheiro como sacoleira, vendendo roupas adquiridas em São Paulo e Goiânia. Para a PF, contudo, o “salário” para trabalhar no “leva e traz” de mensagens, é tabelado e pago de acordo com o desempenho dos beneficiários na estrutura da facção.

Fábio Fartare, também conforme apuração do Campo Grande News em 2020, já havia passado pela Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira, conhecida como Supermáxima e, em 2008, teve de ser removido do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), no Complexo Penal do Noroeste, por envolvimento na organização de rebelião. Larissa já cumpriu pena por tráfico de drogas em 2013.

Operação Sintonia - Quase um mês depois de prender integrantes da “Sintonia dos Gravatas” e desvendar esquema de vazamento de informações sigilosas e troca de mensagens entre líderes do PCC por meio de advogados, o Gaeco deflagrou nova operação que mira a facção criminosa.

A “Sintonia” saiu às ruas para cumprir 67 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande, Dourados, Amambai, Bela Vista, Corguinho, Maracajú, Naviraí, Nova Andradina e Rochedo. O Batalhão de Choque da Polícia Militar e o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especial) também estavam na missão.

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