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Cidades

Viúva é única ao lado da vítima em julgamento de sobrinho que matou tio a tiros

Miguel Arcanjo está sendo julgado por matar a tiros o tio, Osvaldo Foglia Jr, em crime ocorrido por conta de dívida

Silvia Frias e Paula Maciulevicius Brasil | 23/10/2020 11:00
Miguel Arcanjo acompanha a sessão de julgamento por videoconferência (Foto: Marcos Maluf)
Miguel Arcanjo acompanha a sessão de julgamento por videoconferência (Foto: Marcos Maluf)

Na terceira fila do plenário do Tribunal do Júri, sozinha, Fabrícia Pereira Borges, viúva de Osvaldo Foglia Junior acompanha o julgamento de Miguel Arcanjo Camilo Junior, 33 anos, sobrinho do marido que o matou a tiros, em julho de 2019. Em lado oposto, quatro familiares de Miguel Arcanjo ocupam a última fileira.

De camisa branca e máscara preta, Fabrícia não quis conversar com a imprensa, assim como os outros familiares de Miguel Arcanjo. O julgamento está sendo realizado pela 2ª Vara do Tribunal do Juri.

O réu não está presente e acompanha a sessão por videoconferência. Fabrícia não se manifestou presencialmente no julgamento e a acusação optou em usar vídeo com depoimento dela sobre o caso. "Não sei o motivo do crime, queria que o Miguel falasse", disse.

Durante júri, vídeo do local do crime foi divulgado (Foto: Marcos Maluf)
Durante júri, vídeo do local do crime foi divulgado (Foto: Marcos Maluf)

O crime ocorreu na noite do dia 16 de julho de 2019, numa conveniência na Rua Marquês de Lavradio, no Jardim São Lourenço. De acordo com MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Osvaldo Foglia foi até o local cobrar uma dívida do sobrinho, os dois discutiram e a vítima acabou morta a tiros dentro de um Toyota Corolla.

Após o crime, Miguel fugiu em um Chevrolet Camaro e foi preso pelo GOI (Grupo de Operações e Investigações) na noite do dia 22 de julho, após deixar festa no Bairro Chácara Cachoeira.

No depoimento gravado, Fabrícia recorda a relação entre os dois. “Ele tratava meu marido como se fosse pai dele, nunca houve ameaça. Ele me chamava de tia, nunca imaginei que o Miguel pudesse fazer isso com Oswaldo”, disse. Quando o marido morreu, ela estava grávida de 7 meses, o terceiro filho do casal.

Durante a divulgação do vídeo, Miguel Arcanjo estava atento, acompanhado o depoimento.

Segundo Miguel, agiu em legítima defesa, pois vinha sendo ameaçado para quitar a dívida de R$ 150 mil. A dívida não foi contraída pelo acusado, mas por um parceiro comercial dele.

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