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Cidades

Arcanjo diz à Justiça que abandonou o bicho em 2002

Redação | 11/01/2008 09:05

No depoimento que deu ontem na Vara de Cartas Precatórias, em Campo Grande, o homem preso sob a acusação de ser o chefe do crime organizado no Mato Grosso, o bicheiro João Arcanjo Ribeiro, negou que estivesse, da cela de um presídio, comandando as atividades criminosas. Foi por essa suspeita que ele foi transferido para o presídio federal de segurança máxima da capital, em outubro do ano passado.

Arcanjo declarou, ao juiz que o interrogou, Alexsandro Motta, que de fato explorou por vários anos o jogo do bicho, mas que cessou as atividades em 2002, quando foi desencadeada a operação Arca de Noé, que culminou na prisão dele, no Uruguai, em dezembro daquele ano. Ele justificou a fuga para o país vizinho ao Rio Grande do Sul com a alegação de que na época, a partir de informações vistas na TV sobre a operação, dirigiu-se ao Uruguai, onde ficou por quatro meses até ser preso e extraditado ao Brasil.

Sobre as acusações de estar comandando a jogatina de dentro de um presídio no Mato Grosso, na Capital, Cuiabá, a resposta foi negativa. Arcanjo afirmou que, depois de preso, "nunca manteve organização, ou teve contados nesse sentido".

O "Comendador Arcanjo", como é conhecido, prestou depoimento em Campo Grande a pedido

da comarca da justiça de Mato Grosso em Sinop, onde corre processo contra ele por corrupção ativa, A ação envolve o ex-delegado da Polícia Civil mato-grossense Richard Damasceno Ferreira, o genro de Arcanjo Geoavane Zem Rodrigues, e dois homens apontados como gerente dos negócios ilegais dele, René Roberto Lima e Agnaldo Gomes Azevedo.

No interregotário feito ontem, Arcanjo negou que tivesse relações com o delegado ou que tivesse tentado corromper o policial. Negou também relações com os dois homens apontados como gerentes de seus negócios. Disse apenas que Geovane admistra negócios da família e que seu contato com ele é por ser parente. No depoimento, Arcanjo diz que já foi condenado pelos crimes de evasão de divisa, sonegação de impostos e formação de quadrilha, e que é inocente quanto aos outros crimes que lhe são impostos.

Depois do depoimento de ontem, a defesa foi intimada a apresentar as alegações prévias, para o seguimento do processo no Mato Grosso.

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