Vinte dias depois de o MPF tornar pública a descoberta de um plano para matar juízes federais, o suposto responsável pelas ameaças, o bombeiro Ales Marques, preso por tráfico, foi transferido ontem para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia.
A transferência havia sido solicitada pelo MPF no início do mês. As investigações feitas pelo MPF revelaram, mesmo preso, Ales Marques arquitetava a morte de juízes federais que atuam nos processos nos quais é acusado de liderar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas, em Campo Grande e em Ponta Porã. Mesmo sob custódia, ele usa celulares livremente.
O MPF também aponta a existência de um esquema de corrupção envolvendo a chefia da escolta de detentos do Presídio Militar de Campo Grande, já que Ales Marques teria sido flagrado saindo do presídio de irregular. Ele alega que saiu para ir ao médico.
A divulgação do plano mobilizou a Ajufe (Associação dos Juízes Federais), que solicitou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mais proteção aos magistrados e a transferência do bombeiro.
À época, o ministro confirmou que ele seria transferido, providência que se concretizou ontem.
Hoje, em visita a Campo Grande, o ministro foi indagado a respeito e disse que a transferência estava a cargo do Depen (Departamento do Sistema Penitenciário) e não seria divulgada com antecedência por questões de segurança.
É...quando a coisa aperta.... aí se lembram dos presídios federais....os únicos (até o momento) com capacidade de controlar os piores criminosos...pena que a Constituiçãoe a Lei garantam certos direitos aos criminosos...deveria ser estudada a possibilidade de uma nova Constituição, onde fosse previsto no próprio texto constitucional que todas as conversas e correspondências em qualquer presídio fossem passíveis de monitoramento. Além disso, deveria haver tb proibição de visitas íntimas a presos dos presídios federais ou em RDD de qualquer presídio. Não custa sonhar....