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Cidades

"Campo Grande vai ficar sem água", alertam entidades

Redação | 31/07/2009 14:18

Essa é a constatação de entidades que compõem o Fórum de Meio Ambiente de Campo Grande, por conta do crescente assoreamento da Bacia do Córrego Guariroba, na saída para Três Lagoas, responsável pelo abastecimento de pelo menos metade da água consumida na Capital.

Nesta tarde, representantes de movimentos sociais e ambientais da cidade se reuniram na sede do Cedampo (Centro de Documentação e Apoio aos Movimentos Populares), na rua Nicolau Fragelli, centro, para de definir as próximas ações do grupo, e estudar as formas mais eficazes para envolver a população no debate em torno do tema.

Segundo eles, o assoreamento na Bacia do Córrego Guariroba tem aumentado consideravelmente. Além do gado de propriedades rurais nas proximidades, que vai beber água no córrego, as entidades destacam como agravantes o plantio de eucalipto próximo à nascente e o tráfego de maquinário pesado em uma estrada vicinal.

Para as entidades, isso poderá comprometer o abastecimento na cidade a curto prazo. Sem córrego que possa substituir o Guariroba, a empresa de fornecimento teria, então, que recorrer a algum município vizinho para trazer água à Capital, o que certamente iria encarecer o valor da conta de água, avaliam.

Uma das opções propostas pelo grupo é a criação de um parque de preservação no local. Entretanto, as entidades querem que a sociedade civil e o poder público também sugiram as melhores formas de preservação sustentável no local.

Representante da Fundação Francisco Anselmo, Jorge Gonda, explica que a área do Guariroba é muito frágil e requer cuidados específicos de preservação. "Por isso é necessária a criação de um parque", justifica.

Para o presidente da Associação de Moradores do bairro Maria Aparecida Pedrossian, Jânio Batista de Macedo, a população da cidade corre sério risco de ficar sem água nos próximos anos se não se preocupar com a preservação da área.

Desapropriação - Os representantes de movimentos sociais reclamam que acionar o MPE (Ministério Público Estadual) não resolve o problema. Eles contam que, há 14 anos, o MPE assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com os cerca de 60 proprietários da região, para que eles cumprissem as normas ambientais estabelecidas.

Como o acordo não foi cumprido, no ano passado as entidades denunciaram novamente as irregularidades. Depois disso, o MPE propôs retomar o Termo que não estava sendo cumprido.

Entretanto, as entidades acreditam que esse não seja o caminho mais eficaz. Por isso, querem que a área seja desapropriada pela Prefeitura, para a construção de um parque de preservação.

Participaram da reunião para definir as próximas ações do grupo representantes da Associação de Moradores do bairro Maria Aparecida Pedrossian, Fundação Francisco Anselmo, Associação Bálsamo, Cedampo, entre outras, além de um técnico da empresa Águas de Guariroba.

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