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Capital

"Cafezinho" era termo gentil para agendar reuniões, diz advogado

Flávia Lima e Filipe Prado | 24/09/2015 12:28
Elza Amaral negou ao Gaeco a informação de pagaria propinas a mando de João Amorim. (Foto:Marcos Ermínio)
Elza Amaral negou ao Gaeco a informação de pagaria propinas a mando de João Amorim. (Foto:Marcos Ermínio)

O depoimento da operadora financeira Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, que atuava na organização comandada pelo empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, demorou quase três horas. Ela chegou na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) por volta das 9 horas e saiu já próximo do meio-dia desta quinta-feira (24).

Segundo o advogado de Elza, Benedicto Figueiredo, ela respondeu a todas as perguntas feitas pelo promotor Marcos Alex. Todos os questionamentos foram em relação a operação Coffee Break, que apura a compra de votos de vereadores para cassar o mandato de Alcides Bernal (PP).

De acordo com as investigações da Lama Asfáltica, ela seria a responsável pelo pagamento de propina e o código usado pelo grupo era “cafezinho”. No entanto, o advogado de Elza ressaltou que ela usava esse termo como uma forma gentil para marcar as reuniões com João Amorim. "É impossível dizer que ela não marcava reuniões, mas ninguém saiu com dinheiro de lá", destacou Figueiredo, que afirmou que a secretária nunca fez qualquer tipo de pagamento de propinas.

Segundo o Gaeco, novos nomes deverão ser chamados para depor somente após a conclusão dos laudos referentes ao material contido nos celulares apreendidos, o que deve ocorrer na próxima semana.

O prefeito afastado Gilmar Olarte (PP) deverá ser o último a prestar depoimento. Elza chegou acompanhada pelo advogado Benedicto Figueiredo e mais duas pessoas, que também seriam advogados. Figueiredo é advogado de Amorim, dono da Proteco, que também é investigado na Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal.

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