“Não tem o que fazer”, diz prefeito sobre favela que teve energia cortada
O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSB), disse na manhã desta terça-feira que não há o que fazer em relação aos moradores de uma favela ao lado do conjunto habitacional Mário Covas e que, na quinta-feira passada, tiveram ligações clandestinas de energia cortadas. “Não vão ter nenhum privilégio”, afirmou o prefeito sobre o pedido dos moradores para que a área seja regularizada, única forma de conseguir energia oficialmente.
Um grupo dos moradores protestou na Prefeitura nesta manhã, pedindo para conversar com algum representante do Município. Em agenda na Chácara das Mansões, o prefeito disse ser impossível atender a reinvidicação do grupo. Segundo ele, as cerca de 120 famílias terão de entrar na fila da casa própria como qualquer cidadão de baixa renda interessado em uma habitação popular.
“Vão ter que aguardar construção de novas casas para concorrer igual os demais”, afirmou o prefeito. Marquinhos afirmou, ainda, que a área ocupada é de preservação ambiental e não pode ser usada para construção de casas. O local já foi invadido por outros grupos e, como citou o prefeito, o MPE (Ministério Público Estadual) já alertou a prefeitura que ali não pode haver ocupação habitacional.
O prefeito disse que se sensibilizou com a situação das famílias, que passaram o Dia dos Pais sem energia. “Eu liguei na Energisa, mas me disseram que era furto. É ilegal, não tem o que fazer”.
A fila de espera por habitação popular em Campo Grande, na qual esses moradores vão entrar, tem pelo menos 42 mil pessoas. Para este ano, segundo o prefeito, a previsão é de construção de mil casas.