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Capital

Acadêmicos da UFMS protestam e fecham Avenida Costa e Silva

Paula Maciulevicius e Viviane Oliveira | 11/04/2011 17:34

Estudantes pedem segurança e trancam Avenida depois que UFMS diz não ter verba para investir

Estudantes protestam pedindo segurança e fecham Avenida Costa e Silva. (Foto: João Garrigó)
Estudantes protestam pedindo segurança e fecham Avenida Costa e Silva. (Foto: João Garrigó)

Com faixas, tambores e pintados com nariz de palhaço, aproximadamente 100 acadêmicos da UFMS estão mobilizados para pedir mais segurança dentro da Universidade. Nesse momento, depois de saírem da frente da Reitoria, eles fecham o trânsito na Avenida Costa e Silva.

A manifestação começou por volta das 15 horas e conta com acadêmicos de vários cursos. Os alunos reivindicam segurança, principalmente depois do incidente ocorrido hoje, por volta das 8 horas da manhã quando uma acadêmica de Química foi violentada.

De acordo com um dos representantes do movimento, o estudante de engenharia elétrica, Vinícius de Oliveira, 20 anos, a reitora não está se importando com a falta de segurança.

“Decidimos fechar a Costa e Silva porque eles falaram que não tem verba para aumentar a segurança”, conta.

Segundo os acadêmicos, a administração da UFMS vai criar dentro de uma semana uma comissão para avaliar os pontos mais críticos da Universidade.

Com os gritos “E se fosse com você reitora?”, “Chega de vítima, exigimos segurança!” e “Falta de respeito não se trata estudante desse jeito!” os alunos trancam a Avenida e mostram indignação.

Para a acadêmica de Química, Gisele de Oliveira, 36 anos, o autor estava esperando o momento para atacar, porque pelo horário tem gente passando por ali.

“O curso de Química é à noite e por ali quase não tem luz e a segurança é zero. Quem é de biológicas precisa atravessar a ponte do laboratório para a biblioteca, se precisa fazer alguma coisa”, relata.

Ela acrescente que sempre teve medo, mesmo antes de ingressar na Universidade, ao ouvir falar das histórias.

“Nunca tinha acontecido com uma pessoa tão próxima. Estamos bastante abalados”, completa.

Com faixas, acadêmicos pedem segurança (Foto João Garrigó)
Com faixas, acadêmicos pedem segurança (Foto João Garrigó)

A falta de segurança e iluminação é reclamação geral. Os estudantes contam que sempre tiveram essa dificuldade, porque tem os acadêmicos que pegam ônibus na Costa e Silva, e precisam atravessar todo o trajeto sozinhos. Os alunos contam que a reclamação é antiga e nada foi feito.

Mãe e filha também participaram do movimento. A acadêmica de Artes, Vera Lúcia Zucarelli, 55 anos demonstra a preocupação como mãe e estudante.

“Eu fico muito preocupada com a falta de segurança. Estou no protesto pela minha filha que cursa Biologia e tem que fazer este mesmo trajeto”, fala.

Ela ainda afirma que com o teatro Glauce Rocha sem funcionar, e o Restaurante Universitário fechado, o movimento de pessoas diminui.

“Antes até tinha segurança na ponte, nas duas cabeceiras. Agora não tem mais. A segurança de toda Universidade está prejudicada”, diz.

A estudante de Biologia, Bruna Moretto, 19 anos, compartilha da indignação. Segundo ela, é muito matagal e fica “deserto”. Ela conta que já viu segurança sentado dormindo e como às vezes não tem como esperar alguém para atravessar a ponte, as pessoas acabam passando por ali sozinhas.

Com a faixa “Eu não quero ser a próxima” ela afirma que a questão não é só segurança, mas também iluminação.

Além de não ter movimento a escuridão faz parte do trajeto dos acadêmicos. A acadêmica de Química, Tamiris Marques Arruda, 21 anos conta como já teve que passar pela ponte.

“Esses tempos, eu tive que atravessar a ponte com a luz do celular”, finaliza.

Agora acontece também uma reunião entre a vice-reitoria, o batalhão policial responsável pela região Sul e o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade

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