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Capital

Mãe de acadêmica da UFMS denunciou falta de segurança na Ouvidoria da universidade na quinta-feira

Paula Maciulevicius | 11/04/2011 15:43

Segundo a aposentada, semana passada outra acadêmica foi abordada, mas conseguiu fugir e alertou colegas

Mãe de acadêmica que já denunciou falta de segurança a Ouvidoria da Universidade conta estar chocada com o que aconteceu e afirma que poderia ter sido evitado.
Mãe de acadêmica que já denunciou falta de segurança a Ouvidoria da Universidade conta estar chocada com o que aconteceu e afirma que poderia ter sido evitado.

O caso da acadêmica do quarto ano de química da UFMS trouxe à tona um antigo e grave problema da Universidade, a falta de segurança. Na semana passada, uma acadêmica passou em salas alertando colegas sobre o perigo que estava a região. Ela foi abordada por um homem, mas conseguiu fugir. Diante disso, a aposentada Marli Marques, mãe de outra acadêmica foi a Ouvidoria da Universidade mais uma vez.

Ela conta que desde que a filha começou a estudar no ano passado, ela vem observado a vulnerabilidade em que os alunos se encontram. A falta de segurança preocupa a família. Segundo a mãe, ela fazia o mesmo caminho que a filha e constatou que o local não apresentava segurança nenhuma.

“Os alunos estão vulneráveis dentro da própria Universidade. Fui a Ouvidoria ano passado e fiz uma baita reclamação do que eu vi. O professor que me atendeu passou o número de celular dele e dos seguranças. Agora como é que uma pessoa dominada por um marginal vai conseguir ligar para o segurança?” questiona.

A mãe conta estar chocada com o que aconteceu. De acordo com a aposentada, ela tinha certeza de que isso ia acabar acontecendo pelo descaso com que a Universidade vinha tratando o assunto.

Na quinta-feira (7) passada, quando uma acadêmica entrou nas salas falando dos cuidados que os alunos precisavam ter, Marli foi novamente a Ouvidoria.

“Eu disse, se vocês não tomarem providência, eu vou procurar a imprensa. Infelizmente não foi preciso, porque aconteceu isso antes”, relata.

Conforme a mãe, ela não consegue abrir a reclamação que protocolou na Ouvidoria com o número de protocolo. Assim, a aposentada não viu ainda a resposta, se foi dada, pela Universidade. Hoje, desde o ocorrido que a mãe tenta falar com o professor da Ouvidoria, que não atendeu nenhuma das ligações.

“A Universidade é para os alunos. Estou muito preocupada, eu sou mãe, são nossos filhos que estão lá. Estamos sofrendo por essa jovem e por todos que ali estão”, conta.

A mãe ainda conta que andou por toda Universidade e que encontra um segurança lá em cima e outro embaixo.

“As pontes são realmente sem cobertura. Os locais não têm segurança nenhuma. De que adianta deixar um segurança lá e um cá? Ele vai conseguir ver e fazer alguma coisa?” fala.

Para a aposentada, o ocorrido de hoje poderia ter sido evitado.

“No serviço público as pessoas tem que ser mais comprometidas. Os valores estão extremamente mudados. Nós estamos pedindo socorro porque todos estão correndo risco, homens e mulheres”, finaliza.

Caso - A acadêmica de química foi violentada por volta das 8 horas desta manhã em um matagal próximo a ponte que liga a o teatro Glauce Rocha ao bloco dos cursos de Química e Economia e Administração. Uma testemunha viu o momento que jovem foi socorrida. Ele estava chegando ao laboratório de Psicologia, que fica na saída da ponte para deixar sua namorada, quando viu uma menina que aparentava ter menos de 20 anos, totalmente nua, sendo amparada por duas mulheres e um senhor, que retirou a camiseta para cobrir a menina.

De acordo com a testemunha, a jovem chorava e relatou que foi estuprada por um homem com uma faca, que a levou para um matagal próximo da ponte da UFMS. O estuprador vestia uma bermuda e camiseta azul e tinha tatuagens nos braços e nas pernas.

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