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Capital

Agentes cobram regras mais rígidas para entrada de objetos em presídios

Agentes se reúnem nesta segunda-feira com a Agepen para solicitar normativa referente à entrada de objetos

Viviane Oliveira e Kisie Aionã | 23/03/2020 13:23
Agentes cobram regras mais rígidas para entrada de objetos em presídios
Mulher levando alimentos para o marido que está preso no Instituto Penal (Foto: Kisie Aionã)

Os agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul cobram regras mais rígidas para a entrada de objetos nas penitenciárias. Mesmo com as visitas suspensas até o dia 7 de abril nos presídios de regime fechado e semiaberto para conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19), os servidores temem um fluxo maior de atendimento aos familiares nas portarias das unidades.

Segundo o presidente do Sinsap/MS (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de MS), André Luiz Garcia Santiago, foi agendada nesta segunda-feira (23) reunião com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), para solicitar normativa referente à entrada de objetos.

“Ainda não há uma normativa. Cada presídio está fazendo de uma forma. O controle deve ser maior para que não ocorra aglomeração em frente as penitenciárias. Tem família que chega a ir 3 vezes por semana para levar pertences os presos”, explicou.

Agentes cobram regras mais rígidas para entrada de objetos em presídios
Servidor recebendo pertences levados por familiares de presos no Presídio de Segurança Máxima (Foto: Kisie Aionã)

Situação, segundo Santiago, que pode gerar aglomeração em frente às unidades, ou seja, aumentando ainda mais a propagação do vírus nas penitenciárias. “Temos receio de uma propagação rápida dentro do ambiente penitenciário. Lá, tem presos no grupo de risco, com pneumonia, soropositivo e tuberculoso. Tem cela que mais de 20 presos. O controle de entrada de pertences deve ser mais rigoroso com agendamentos por parte dos familiares”, explicou.

Nesta manhã, a reportagem encontrou algumas famílias levando pertences aos presos no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) e no Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho. A doméstica de 36 anos contou que não parou de trabalhar na quarentena e há seis meses costuma levar alimentos para o marido. Ela garante que higieniza os objetos antes de entregar para os agentes.

“Mudou tudo aqui. Por enquanto não tem mais visitas. Eu só consegui entregar os materiais de higiene e bolachas para o meu marido. Mas não tem jeito, quando a gente ama, tem que cuidar. É muito importante seguir esses cuidados”, disse outra doméstica de 49 anos. As mulheres entrevistadas pediram para não ser identificadas com receio de represálias.

Suspensão - As escoltas também foram suspensas, exceto em casos emergenciais de saúde ou com audiência marcada, segundo a Agepen, informando ainda que “está em andamento ação conjunta entre o órgão e as secretarias municipais e estadual de Saúde para aquisição de insumos”, como máscaras e álcool em gel.

Confira a galeria de imagens:

  • (Foto: Kisie Ainoã)
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