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Capital

Antes de morrer, Luana avisou a mãe: “você vai perder uma filha”

Christiane Reis e Guilherme Henri | 01/09/2016 15:00
Luana ligou para mãe dela na quarta-feira (24). (Foto: Reprodução do Facebook)
Luana ligou para mãe dela na quarta-feira (24). (Foto: Reprodução do Facebook)
Corpo chegou no começo da tarde ao local do velório. (Foto: Guilherme Henri)
Corpo chegou no começo da tarde ao local do velório. (Foto: Guilherme Henri)

A última conversa que teve com a filha foi por telefone. Do outro lado da linha, aos prantos, Luana de Campos Grecco, 22 anos, dizia: “Mãe, você vai perder uma filha, mãe. Eu estou com muito medo de voltar para casa”.

O corpo da moça foi encontrado na noite de quarta-feira (31), com marcas de espancamento. Suspeito, o marido dela, Gelvio Nascimento Rosseto, 26 anos, foi preso suspeito de tê-la matado.

Quem conta a história do telefonema é a dona de casa Rosemeire Vaz de Campos, 49 anos, durante o velório da filha, que ocorre no Memorial Park, em Campo Grande, onde o corpo deve ser sepultado entre 17h30 e 18 horas desta quinta-feira (1). O corpo chegou ao local pouco antes das 15h. Amigos e familiares demonstraram total desespero.

Segundo lembra dona Rosemeire, a ligação ocorreu na quarta-feira da semana passada (24) e a mãe orientou a jovem a não ir para a casa dela, onde morava com Gelvio, que é lavador de carros. “Aconselhei que fosse para casa do pai dela, com quem morava antes de resolver morar com esse rapaz”, disse. A conversa foi tensa e ocorreu enquanto Luana voltava do trabalho.

Rosemeire Campos também contou que o companheiro da filha tinha “problemas com entorpecente” e que desde os 15 anos ela tinha envolvimento com ele. “Ela se queixava pouco sobre brigas e agressões, mas tinha muito medo do rapaz”, contou, acrescentando que em um dado momento a menina chegou a ficar dois anos sem envolvimento com ele, mas depois reataram e começaram a morar juntos por aproximadamente um ano e meio.

Aos olhos da mãe, Luana era muito trabalhadora. “Trabalhava desde os 13 anos, o primeiro trabalho foi como faxineira. Sempre foi muito esforçada”, contou.

O caso – A família desconfiou, pois após a ligação, ninguém mais viu Luana. Então, uma amiga próxima ajudou, foi até a casa de Luana, no Bairro Santa Luzia, para saber o que tinha ocorrido, pois sabia de um “macete” para destrancar o portão e conseguiu entrar, encontrando o corpo da amiga.

Segundo a Polícia Civil, Gelvio é suspeito de ter espancado a companheira até a morte. Ele tem passagens pela polícia por pertubação de sossego, direção perigosa, uso de droga, tráfico de drogas, desacato e violência doméstica.

No dia 22 de maio deste ano, Luana acionou a Polícia Militar depois de ter sido agredida pelo rapaz. Ela relatou ainda que Gelvio havia vendido vários móveis de casa. Ela foi orientada pelos militares a procurar a Casa da Mulher Brasileira.

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