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Capital

Apesar da redução, população critica preço e qualidade do transporte

Luciana Brazil e Filipe Prado | 08/11/2013 12:47
Passageiros vão pagar R$ 2,70 a partir de segunda, mas continuam criticando qualidade e preço alto (Foto: Marcos Ermínio)
Passageiros vão pagar R$ 2,70 a partir de segunda, mas continuam criticando qualidade e preço alto (Foto: Marcos Ermínio)

Apesar da redução de R$ 0,5 na tarifa do transporte coletivo em Campo Grande, que entra em vigor na segunda-feira (11), a população continua criticando o preço da passagem e também a qualidade do serviço. Nas ruas, a demora e a lotação dos coletivos foram as maiores críticas feitas ao setor.

Na Avenida Calógeras, próximo a Afonso Pena, Lucemir Rodrigues, 39 anos, disse que apesar da redução, o transporte ainda é caro na Capital. “Na verdade, a redução não faz muita diferença, e apesar de ter baixado o valor, continua caro”, disse Lucemir, moradora do Jardim Noroeste.

Além disso, ela lembra que o ônibus está sempre lotado. “Toda vez que pego o ônibus no meu bairro, está sempre lotado e demora para chegar aqui. É um preço alto para qualidade do serviço oferecido”.

O estudante Afonso Henrique, 15, considera o transporte precário em Campo Grande. Morador do bairro Rita Vieira, ele diz que o coletivo demora uma hora para passar no bairro. “O transporte não é 100%. Pela tarifa que se paga, ele deveria passar a cada 15 minutos, mas passa a cada uma hora no Rita Vieira”.

A quantidade de ônibus é ineficiente, segundo os usuários. “Tem poucos ônibus e estão sempre lotados. O preço também não condiz com o serviço do transporte”, reclamou a estudante e moradora do Jardim Petrópolis Déborah Ferreira, 18 anos.

A redução de R$ 0,5 centavos não conquistou Zenaide Fernandes de Oliveira, 40 anos, moradora do bairro Nova Campo Grande. Para ela a diminuição foi pequena. “Reduziu muito pouco e o brasileiro se conforma com muito pouco. A passagem está muita cara. O preço se compara com o transporte de São Paulo e Rio de Janeiro. Isso é um absurdo”.

Outra crítica foi feita aos motoristas de ônibus que, segundo a mãe de Zenaide, dona Antonia Fernandes de Oliveira, 60 anos, não respeitam os idosos. “Eles são muito mal educados, os idosos vão entrar e eles já aceleram. Esses dias eu quase caí”.

Dona Zenaide diz que a passagem é muito cara para a situação do transporte coletivo (Foto: Marcos Ermínio)
Dona Zenaide diz que a passagem é muito cara para a situação do transporte coletivo (Foto: Marcos Ermínio)
O estudante reclama que os ônibus poderiam passar mais vezes no pontos (Foto: Marcos Ermínio)
O estudante reclama que os ônibus poderiam passar mais vezes no pontos (Foto: Marcos Ermínio)

Redução - O prefeito Alcides Bernal (PP) disse hoje, em programa de rádio que a redução se trata de uma conquista do Executivo.

“Estamos anunciando oficialmente que a tarifa reduziu para R$ 2,70. Estamos sancionando essa importante lei, iniciativa do Executivo, que foi aprovada, finalmente, ontem. E graças a Deus vamos, a partir das 0h de segunda-feira, ter em Campo Grande uma novidade. Algo inédito, redução do preço da tarifa. Campo Grande entrou em um novo momento em que serviços públicos não tem mais um custo pesado na economia familiar. Serviço público com custo reduzido e na busca de qualidade maior. Quero agradecer aos bons vereadores que fizeram a sua parte e votaram favoravelmente a este projeto de lei”, afirmou.

O projeto de desoneração do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) foi votado ontem, na Câmara de Vereadores, duas semanas depois de vencer o prazo de ajuste da tarifa descrito no contrato entre Prefeitura e Consórcio Guaicurus.

O Projeto de Lei Complementar nº 01, de 29 de outubro de 2013, previa desconto de R$ 0,15 referente à isenção do ISSQN. Porém, a decisão necessitava de autorização da Câmara para entrar em vigor. Outros R$ 0,05 seriam resultantes de negociação entre Executivo e o Consórcio Guaicurus, para que a tarifa chegue ao patamar de R$ 2,70.

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