Apesar de R$ 2,8 milhões/mês, Hospital do Trauma terá funcionamento parcial
Atendimentos na ortopedia e ambulatoriais serão ampliados; em novembro contrato será renegociado

Acordo assinado entre a Prefeitura de Campo Grande, Governo de Mato Grosso do Sul e Santa Casa nesta sexta-feira (12) prevê repasse de R$ 2,8 milhões mensais até novembro, quando o contrato do poder público com o maior hospital do Estado será renegociado. Atendimentos na ortopedia serão ampliados, mas por enquanto, o Hospital do Trauma, anexo à instituição, continuará funcionando de forma parcial.
De acordo com o presidente da Santa Casa, Esacheu Nascimento, para abrir todos os leitos da unidade destinada ao atendimento de acidentados seriam necessários ao menos R$ 10 milhões por mês. Em novembro, a contratualização será renegociada.
De qualquer maneira, o fechamento do acordo nesta semana, representa alívio para as finanças do hospital. “Para ocupar todos os leitos da unidade do trauma precisaríamos de R$ 10 milhões, mas vamos fazer o possível. Esse dinheiro não resolve, mas mitiga as dificuldades”.
Do montante total, R$ 1,1 milhão são da União, repassados ao hospital por meio do Fundo Municipal de Saúde. Este valor é fixo, destinado ao custeio mensal da Santa Casa e como o contrato anterior com a instituição havia vencido em abril, a Prefeitura fará o repasse retroativo, soma de pouco mais de R$ 4 milhões. “Esse é um grande esforço coletivo e o grande beneficiado será o paciente”, destacou o secretário municipal de Saúde, José Mauro Pinto.
Já o R$ 1,7 milhão do Estado são para pagar pelos atendimentos prestados. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, com este valor, na ortopedia, o hospital vai realizar ao menos 160 cirurgias de média e 20 de alta complexidade por mês. “Com este valor, a Santa Casa vai conseguir novos leitos na ortopedia, uma das principais demandas do Estado. Momentos tensionados existiram e foram superados para fecharmos este acordo”.
A Santa Casa moveu ação no dia 4 de julho cobrando repasse de R$ 10 milhões em verbas do poder público, mas no dia 8, protocolou pedido de extinção do feito, depois de acordo fechado com a interveniência do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
Também neste mês, o hospital atrasou o pagamento dos médicos que ameaçaram paralisação.