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Capital

Após 22 anos em cárcere privado, mulher está feliz e pretende voltar a estudar

Alan Diógenes | 24/03/2014 20:40
Pai de Cira conta que trabalho não vai parar para que casa fique pronta e ela possa se mudar. (Foto: Marcos Ermínio)
Pai de Cira conta que trabalho não vai parar para que casa fique pronta e ela possa se mudar. (Foto: Marcos Ermínio)

A dona de casa Cira da Silva, 44 anos, que foi mantida em cárcere privado por 22 anos pelo marido no bairro Aero Rancho em Campo Grande está feliz e fez planos de voltar a trabalhar e até estudar. O servente de pedreiro Ângelo da Guarda Borges, 58 anos esta preso desde 18 de dezembro do ano passado.

Ela se mudou nesta segunda-feira (24) para a casa de um dos irmãos, onde irá ficar até a conclusão da casa construída para morar com os quatro filhos de 5 a 15 ano. O imóvel está sendo construído no terreno onde moram seus pais.

De acordo com o pai de Cira, Adão Sabino da Silva, 75 anos, o que não vai faltar é carinho e atenção por parte dos parentes. Ela deve se mudar para o local na semana que vem. Adão prometeu fazer uma festa com direito a churrasco e bolo para recepcionar a filha. “Queremos que ela se sinta feliz e acolhida neste novo lar. A família vai ficar unida novamente. Isso era o que eu mais queria”, destacou.

Adão conta que a filha ficou durante 22 anos sem sair de casa com os filhos e que o ex-marido bebia e era muito agressivo. “Ele a ameaçava, falava que se ela contasse o que sofria dentro de casa, seria morta junto com os filhos”, falou.

O pai de Cira até hoje não consegue entender tamanha monstruosidade que a filha passou quando esteve em cárcere privado. “Ninguém pode tratar os outros como se fosse propriedade. Esse homem tratou minha filha como se ela e meus netos fossem animais. Isso é um absurdo,” finalizou.

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