ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 28º

Capital

Polícia vai investigar 1ª família de autor de cárcere por 22 anos

Aliny Mary Dias e Graziela Rezende | 30/12/2013 10:59
Ângelo continua preso na 4ªDP Capital  (Foto: Graziele Rezende)
Ângelo continua preso na 4ªDP Capital (Foto: Graziele Rezende)

A Polícia Civil continua as investigações do caso do pedreiro Ângelo da Guarda Borges, 58 anos, que manteve a mulher e filhos em cárcere privado durante 22 anos, no bairro Aero Rancho. Na nova etapa da apuração, a polícia descobriu que o homem teve outra família e irá ouvir a ex-mulher e os filhos.

A delegada Rosely Molina, titular da DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), afirma que o primeiro casamento de Ângelo ocorreu quando ele era bastante novo, mesmo assim, os parentes antigos prestarão depoimento à polícia.

A ex-mulher e os filhos já foram intimados e devem ir até a delegacia nos próximos dias. A polícia não descarta a possibilidade de Ângelo ter mantido a primeira família também em cárcere.

Outra etapa da apuração começa também nesta semana. Os investigadores irão percorrer postos de saúde da Capital para descobrir se Cira da Silva, de 44 anos e os quatro filhos buscaram atendimento em razão das violências cometidas por Ângelo.

“Vamos saber se as crianças tiveram algum atendimento por profissionais e se houve fraturas ou hematomas”, explica Rosely Molina.

Além disso, os policiais também irão intimar os chefes e colegas de trabalho do pedreiro. A delegada afirma que o inquérito deve ser finalizado na próxima semana. Ângelo continua preso na 4ª delegacia de polícia da Capital.

Cárcere - Ângelo manteve, por 22 anos, a esposa Cira da Silva, 44, e quatro filhos, de 15, 13, 11 e 5 anos, em situação de cárcere privado. Segundo relatos, ele espancava a família todos os dias e dava apenas arroz para as crianças comerem.

A mulher e os filhos estão abrigados em uma casa de apoio do Estado. Eles devem permanecer no abrigo por um prazo de até 90 dias. De lá, a família deve seguir para a casa de Adão da Silva, 73 anos, pai de Cira e avô das crianças.

Nos siga no Google Notícias