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Capital

Após atropelar e matar amigo, suspeito ligou para esposa e confessou o crime

Rogério de Souza, de 35 anos, continua foragido e é procurado pela polícia. Caso é tratado homicídio doloso

Geisy Garnes e Clayton Neves | 09/08/2019 16:36
Carro usado pelo suspeito para matar a vítima (Foto: Henrique Kawaminami)
Carro usado pelo suspeito para matar a vítima (Foto: Henrique Kawaminami)

Depois de espancar e atropelar o agente de saúde aposentado Osvaldo Ribas, de 57 anos, Rogério de Souza, de 35 anos, ligou para a mulher e confessou ter matado o amigo. O crime aconteceu na tarde desta quinta-feira (8), em um bar da Rua Engenheira Paulo Frontin, no Los Angeles.

Segundo o delegado Ricardo Meirelles – da 5ª Delegacia de Polícia Civil – as investigações apontaram que após o crime, Rogério deixou o carro usado no atropelamento em casa e de lá fugiu para a residência da irmã. Já escondido, ligou para a mulher e contou que havia matado Osvaldo. “Depois disso fugiu novamente”, revelou o delegado.

Equipes foram à casa da irmã de Rogério, mas ele não estava mais no local. Para o delegado, as testemunhas relevaram que a discussão que terminou com o assassinato aconteceu depois que a vítima deu um soco no rosto do autor. “A vítima tinha problemas com álcool, sempre que bebia ficava agressiva. Antes do crime ela teria ameaçado o autor e dando um soco nele”.

Depois de ser agredido, Rogério espancou Osvaldo, entrou no carro, um Chevrolet Celta, e passou por cima do “amigo” duas vezes. Em seguida fugiu. A vítima chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu pouco antes de chegar na UPA (Unidade de Pronto Atendimento Comunitário) das Moreninhas.

O veículo usado no crime foi apreendido pouco depois e dentro dele os policiais encontraram o celular de Osvaldo e manchas de sangue. A casa do suspeito foi encontrada aberta e com claros sinais que ele havia deixado o local com pressa.

Ainda conforme Meirelles, toda a briga, e também o crime, foram presenciados por testemunhas que já foram ouvidas e reforçaram que o atropelamento não foi um acidente. “Não foi ao acaso, não foi um acidente de trânsito, houve dolo na conduta do autor ao usar o carro como arma. Não houve arrependimento, porque ele fugiu do local para evitar o flagrante e sem prestar socorro”, detalhou.

Ao Campo Grande News, a família de Osvaldo contou que ele e Rogério eram muito próximos e viviam juntos. O suspeito segue foragido e é procurado pela polícia, ainda assim o delegado espera que ele se apresente nas próximas horas na delegacia.

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