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Capital

Após decreto, Vigilância já tem 4 pedidos para realização de eventos

Autorização deve ser pedida 30 dias antes da data de show ou festa

Paula Maciulevicius Brasil | 17/05/2021 11:54
A partir de agora, show e festa pode ter público de até 50% da capacidade total do local, mas com liberação da Vigilância Sanitária. (Foto: Direto das Ruas)
A partir de agora, show e festa pode ter público de até 50% da capacidade total do local, mas com liberação da Vigilância Sanitária. (Foto: Direto das Ruas)

Desde sexta-feira, a Vigilância Sanitária do município recebeu quatro pedidos para liberação de eventos, em decorrência do decreto estadual que autoriza público de 50% em festas e shows, publicado no dia 14.

Segundo informações do setor, os pedidos ainda estão em análise e devem ser feitos com, no mínimo, 30 dias de antecedência da data da realização.

Principal produtor de eventos da Capital, Pedro Silva diz que já está correndo atrás das autorizações. "Já estamos com eventos praticamente acertados em julho, agosto, setembro e outubro. Pretendemos voltar com as nossas promoções a partir de julho, esperando que a pandemia continue diminuindo e que tenhamos mais tranquilidade para trabalhar", afirma o produtor.

Pedro Silva fala que tem acompanhando todos os decretos publicados e espera ver mais flexibilização. "Mas sempre pensando na segurança de todas as pessoas envolvidas no trabalho no teatro e principalmente com o público", completa.

Quanto a porcentagem definida em 50% da capacidade do local, o produtor explica que é possível seguir medidas já que teatro não costuma ter aglomerações nem trânsito de pessoas. "Conseguimos manter o distanciamento através da marcação das poltronas, pois nossos ingressos são numerados", descreve.

De certa forma, Pedro Silva diz que vê como um alento o retorno dos eventos, mas considera esta uma fase de transição. "Esperamos que a partir de agosto ou setembro possamos ter um aumento de percentual de público nos teatros", aguarda.

Decreto - Na sexta-feira (14), a Prefeitura de Campo Grande anunciou que seguiria o decreto estadual, mas com condições específicas, como autorização prévia da Vigilância Sanitária, além de licenças e alvarás.

Pelo decreto estadual, ficam autorizados eventos esportivos e sociais com até 50% da ocupação do espaço. Anteriormente, o público era limitado a 50 pessoas por evento na Capital e 30% em campeonatos esportivos.

Os eventos que não tiverem autorização serão considerados ilegais e os responsáveis poderão ser presos e sofrer muitas de R$ 100 a R$ 15 mil.

Entre as regras para a realização, é preciso seguir a distância mínima de 2m entre as mesas, 1,5m entre as cadeiras, limitação de seis pessoas por mesa, podendo ser apenas da mesma família, uso de máscara e pontos com álcool em gel.

Produtor da Santo Show, Walter Júnior, disse que não entraria com nenhum pedido para eventos por ora, dada a instabilidade da situação. “Vamos aguardar mais um pouco, a nossa situação ainda é crítica. Quando fecham comércio 15 dias já gera impacto gigantes, agora imagina para a minha empresa que está proibida de trabalhar há mais de um ano”, disse em entrevista ao Lado B.

Trabalhando exclusivamente com eventos durante 17 anos, Bruno Damus agora é ex-produtor de eventos. "Mudei de profissão", diz ao Campo Grande News. Os últimos trabalhos já na pandemia foram de stand-ups na modalidade Drive In que aconteceram no Shopping Bosque dos Ipês.

"Mas não deu muito certo e o projeto foi suspenso", conta. Agora ele está trabalhando no comercial de um grupo de comunicação do Estado e não tem a intenção de voltar com os eventos tão cedo. "Só voltarei quando tivermos segurança total, mesmo com todos os protocolos de biossegurança, não é responsável. Antes do dinheiro existe a vida", acredita.

"Nem tudo é aglomeração" - Presidente do Convention de Campo Grande, associação de empresas privadas que fomentam e captam eventos para a cidade, Camila Fernandes, faz questão de frisar que nem todo evento é aglomeração.

Este ano, depois da reabertura de vários setores da cidade, a associação passou a trabalhar num projeto de normatização de eventos de negócios, de forma que os promotores trabalhariam com porcentagens da capacidade dos locais e não regidos por decretos.

"Nossa proposta é que isso fique determinado, não fique dependendo de decreto. Toda vez que Prefeitura ou Estado emitem um decreto abrindo, logo em seguida, proíbem de novo. Nossos clientes ficam inseguros para marcar evento", explica Camila.

A presidente descreve que o setor de eventos corporativos não significa aglomeração. "Eventos em geral passaram a serem vistos como festas, shows e aglomerações. Quando pode, libera tudo, quando bloqueia, fecham tudo, inclusive o segmento de negócio que funciona diferente. As pessoas se inscrevem para irem a um evento, é mais seguro do que um shopping, por exemplo, que está desde o começo aberto", compara.

O trabalho da associação agora está sendo o de normatizar os eventos e também classificá-los, junto ao poder público. "Como é um setor muito amplo, precisávamos falar quais tipos de eventos são. Estamos conversando isso na Câmara de Vereadores e vamos ver o que conseguimos", ressalta Camila.

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