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Capital

Após dia recorde de prisões em flagrante, furtos dominam registros

Justiça analisou quatro casos nesta terça-feira

Tainá Jara | 07/04/2020 15:12
Audiência são feitas virtualmente devido ao período de pandemia (Foto: Divulgação/TJMS)
Audiência são feitas virtualmente devido ao período de pandemia (Foto: Divulgação/TJMS)

Um dia após bater o recorde de autos de prisão em flagrante, registrados em 2020, 23 em um dia, os casos de furtos dominaram as análises feitas pela Justiça nesta terça-feira.

Foram quatro furtos, a maioria a estabelecimentos comerciais. O delito que se tornou o mais frequente nos últimos dias, em que o comércio funciona de forma restrita, devido as medidas de isolamentos social impostas para conter a contaminação pelo novo coronavírus.

Crime envolvendo uma panificadora na Rua Dom Aquino, região central de Campo Grande, na madrugada desta segunda-feira, foi um dos casos analisados. Três auxiliares de serviços gerais violaram o cadeado do comércio, arrombaram a porta de vidro e subtraíram diversos bens.

Vários dos objetos do furto, porém, foram abandonados ao longo do caminho, ficando jogados na calçada. Com a ajuda de um vigilante privado que teria visto os suspeitos, a polícia conseguiu localizá-los já próximos da Avenida Afonso Pena, consumindo as bebidas alcoólicas recém-furtadas.

Já na noite desta segunda-feira, a poucas quadras do crime acima relatado, uma loja de roupas foi invadida por um jovem de 24 anos. Ele teria quebrado a porta de vidro do local e colocado mais de 30 peças de roupas em um saco para levá-las. Contudo, ao sair do comércio, foi abordado por um vigilante privado que entrou em luta corporal com ele.

Nesse momento, uma viatura da guarda municipal que fazia rondas viu a cena e foi em auxílio do vigilante. Tanto o suspeito quanto o vigilante tiveram que receber atendimento médico pois se cortaram nos cacos de vidro da porta arrombada enquanto rolavam no chão em luta.

O terceiro furto relatado foi a um projeto social, localizado no bairro Tiradentes. Durante a chuva de ontem, quatro homens teriam quebrado a janela da câmara fria de uma entidade de ação social que atende crianças e adolescentes em situação de risco.

Depois de invadir o local e subtrair diversos itens de gênero alimentício, eles colocaram tudo em um carrinho de mão e seguiram pela rua. Uma viatura da polícia militar que fazia rondas pela região deparou-se com os suspeitos que, de imediato, fugiram. Apenas um deles foi capturado e levado para a delegacia.

O último auto flagrancial apresentado nesta terça-feira foi referente à prisão de três homens suspeitos de cometer uma série de furtos em Campo Grande. Sempre se valendo de um veículo Classic, eles teriam furtado residências no bairro Cidade Jardim, um escritório na região do Parque Itanhangá, e, pelo menos, mais uma casa no bairro Morada dos Deuses.

Com informações sobre o carro utilizado nos furtos, a polícia conseguiu localizar o primeiro dos envolvidos, o qual a levou até os demais integrantes. Dentro do carro ainda havia inúmeros objetos de furto, dentre eles três televisores, caixas de som e um notebook.

Audiências presenciais - Tendo em vista a não realização de audiências presenciais em razão da política de afastamento social para prevenção da proliferação do novo coronavírus, os autos de prisão em flagrante foram encaminhados virtualmente com vistas para a Defensoria Pública e para o Ministério Público.

Uma vez que as manifestações dos referidos órgãos ainda não foram apresentadas, o juiz em plantão criminal, Marcel Henry Batista de Arruda, segue no aguardo para decidir sobre a conversão ou não dos flagrantes em prisão preventiva.

Quarentena - Com a flexibilização cada vez maior da quarentena imposta na Capital e, consequentemente, a volta à rotina comum da cidade, houve, o aumento proporcional do número de prisões em flagrante trazidas à Justiça para análise.

Enquanto a primeira semana de restrições ao comércio e à circulação de pessoas registrou um número total de 29 audiências de custódia, somente nesta segunda-feira foram 23 os autos de prisão em flagrante analisados pelo juiz diretor do foro de Campo Grande, em plantão criminal, Flávio Saad Peron.

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