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Capital

Após paciente ser obrigado a comprar, estoque de papel chega a postos

Reportagem do Campo Grande News denunciou ontem que uma paciente teve que comprar sulfite para ter acesso a resultado de exame

Lucas Junot | 31/03/2017 16:13
A paciente fotografou a nota fiscal de compra do produto (Foto: Luana Bispo)
A paciente fotografou a nota fiscal de compra do produto (Foto: Luana Bispo)

Depois que reportagem do Campo Grande News, publicada quinta-feira (30), denunciou falta de papel para impressão de documentos no posto de saúde do bairro Coronel Antonino, onde uma paciente teve que comprar uma resma de sulfite para conseguir ter acesso aos resultados de seus exames, a prefeitura anunciou, nesta sexta-feira (31), o restabelecimento do material para impressão nas seis UPA (Unidades de Pronto Atendimento) e quatro CRS (Centro Regional de Saúde).

A história veio à tona depois que a dona de casa Luana Bispo Coelho, de 22 anos, procurou o Campo Grande News, na tarde desta quinta-feira (30). Ela fez exames laboratoriais no Labcen (Laboratório Central de Saúde Pública), na Avenida Calógeras, no dia 24.

“Me disseram que eu poderia buscar o resultado no dia 29, em qualquer unidade de saúde mais próxima da minha casa. Acabei indo ontem mesmo na Unidade Básica de Saúde do Coronel Antonino e fui surpreendida quando me disseram que não havia mais papel sulfite para imprimir”, relatou.

Hoje, a prefeitura disse em nota que o chamado “papel contínuo” - utilizado para impressão de fichas e exames médicos - estava em falta desde o início do ano.

“No início do mês, quatro unidades tiveram os equipamentos de impressão matricial substituídos por laser, que aceitam papel sulfite A4, em decorrência da falta do papel matricial em estoque a fim de evitar que a população fosse desassistida”, justifica a nota.

Conforme a prefeitura, as unidades continuam operando com a impressora a laser, mas também receberam cada uma cinco caixas de papel contínuo, o que é suficiente para atender a demanda por pelo menos três semanas, considerando uma média de 300 impressões por dia. “Outras remessas devem ser encaminhas na medida em que o material for chegando no Almoxarifado Central”, prevê a administração.

A administração justifica ainda que o fornecimento estava travado desde o início do ano por questões burocráticas, mas a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) iniciou uma negociação a fim de restabelecer o fornecimento do material. O papel continuo é necessário para a impressão de exames, fichas de atendimento e prontuário médico.

De acordo com a prefeitura, até o momento, foram entregues 250 caixas do material que estão sendo encaminhadas prioritariamente para as unidades de urgência e emergência e posteriormente irão abastecer também as unidades básicas de saúde (UBS) e unidades básicas de saúde da família (UBSF).

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