Arma usada por garoto estava em guarda-roupa e pai responderá por omissão
Se comprovado o crime, o homem pode ficar preso por até dois anos e ser condenado ao pagamento de multa

A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) vai apurar se houve omissão de cautela do pai do adolescente de 16 anos, encontrado morto a tiro na tarde desta sexta-feira (11), na casa onde a família morava, no Bairro Tiradentes.
Fernanda Félix, delegada que acompanha as investigações, explica que a arma encontrada ao lado do corpo do garoto estava em um guarda-roupas em um quarto nos fundos da residência. “Era um local de fácil acesso do filho”, comenta.
Segundo a delegada, a morte do menor de idade, da maneira como aconteceu, poderia ser evitada se precauções indispensáveis tivessem sido tomadas. “É fundamental que o proprietário da arma a mantenha em local seguro para que tragédias como a de hoje possam ser evitadas, já que era algo plenamente evitável”, explica.
Informações apuradas no local são de que o pai do menino trabalha como motorista de aplicativo e tem porte e posse de arma. A pistola também é legalizada e possui toda documentação exigida pela polícia.
Pela lei, a omissão de cautela configura-se quando pais ou responsáveis “deixam de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo”. “Inicialmente, o pai responderá por esse crime”, finaliza Fernanda Félix.
O caso - Adolescente de 16 anos, identificado apenas como Eduardo, foi encontrado morto na tarde desta sexta-feira (11), na casa onde morava com a família, no Bairro Tiradentes. A principal suspeita é que o garoto tenha tirado a própria vida.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por um tio da vítima, que encontrou o sobrinho caído em um quarto que fica nos fundos da residência. Os socorristas foram até o local, mas o menino já estava morto.
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