ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 23º

Capital

Assassino diz que matou caminhoneiro para defender pai de agressões

Segundo ele, vítima chegou ao local "furioso e agredindo o irmão"; dono de conveniência tentou defender e teria sido agredido

Liniker Ribeiro e Mirian Machado | 20/11/2020 19:17
Jaderson, acompanhado do pai, chegando à delegacia (Foto: Paulo Francis)
Jaderson, acompanhado do pai, chegando à delegacia (Foto: Paulo Francis)

Após prestar depoimento por três horas, Jaderson Miranda Perez, de 23 anos, deixou à delegacia acompanhado de familiares e do advogado. Em depoimento, o suspeito de atirar e matar o caminhoneiro Gilmar da Silva, de 37 anos, alegou defesa de terceiros, ao dizer que atirou na vítima para proteger o pai.

A versão foi apresentada também pelo advogado do suspeito, Ricardo Machado, que em entrevista ao Campo Grande News, afirmou que Gilmar – vítima de três tiros – chegou ao local “furioso e começou a agredir o próprio irmão”.

Neste momento, segundo a versão do suspeito, o dono da conveniência em frente ao endereço onde o crime aconteceu, na Rua Araticun, no Bairro Moreninhas III, se aproximou para apartar a briga. “Ele diz que o Robinho (irmão da vítima) já estava ficando desacordado”, declarou Machado.

Arma usada no crime, calibre 38, foi entregue à polícia (Foto: Paulo Francis)
Arma usada no crime, calibre 38, foi entregue à polícia (Foto: Paulo Francis)

Com a ação, Gilmar, que estaria utilizando capacete para agredir o irmão, também começou a agredir o proprietário do estabelecimento. “Jaderson viu, entrou na conveniência, pegou a arma, saiu e atirou para defender o pai. Os três tiros foram por conta da emoção do momento”, afirmou o advogado.

Ainda segundo o profissional, logo após o crime, o suspeito se dirigiu a residência de familiares. Sobre a suspeita de que o pai, dono da conveniência, teria ajudado o autor na fuga, o advogado negou ação. Segundo ele, enquanto o jovem deixava o local, o pai fechava o estabelecimento por medo.

A arma usada no crime, calibre 38, foi entregue à polícia. Ao delegado, o suspeito afirmou ter adquirido o revólver para “se defender e defender o comércio”.

Ricardo Machado, advogado de Jaderson (Foto: Paulo Francis)
Ricardo Machado, advogado de Jaderson (Foto: Paulo Francis)

Irmão da vítima – Segundo o delegado Nilson Friedrich, da 4ª Delegacia de Polícia Civil, nesta sexta-feira foi possível ouvir Robson da Silva, de 33 anos, também conhecido como Robinho, irmão de Gilmar. Ontem, logo após o crime, por estar sob efeito de álcool, o irmão da testemunha não conseguiu prestar depoimento.

De acordo com o delegado, a versão apresentada por Robinho confirma briga entre os irmãos. “Ele diz que era recorrente apanhar e que ontem apanhou com de capacete do irmão”, afirmou Friedrich.

Sobre o suspeito, o delegado confirmou que Jaderson alega “defesa de terceiros”. A princípio, o jovem vai responder em liberdade, por ter se apresentado espontaneamente e por estar colaborando com as investigações.

O suspeito foi indiciado por homicídio doloso por motivo fútil. Ao delegado, o pai de Jaderson afirmou não ter ajudado o filho a fugir e que não sabia que o filho tinha arma.

Nilson Friedrich, delagado da 4ª Delegacia de Polícia Civil (Foto: Paulo Francis)
Nilson Friedrich, delagado da 4ª Delegacia de Polícia Civil (Foto: Paulo Francis)


Nos siga no Google Notícias