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Capital

Assassino matou comerciante de forma "súbita e traiçoeira", diz delegado

Maykon foi preso ontem e disse que alugou uma casa para se esconder, mas foi denunciado

Ângela Kempfer e Bruna Marques | 13/01/2021 11:55
Delegado falou hoje cedo sobre o crime. (Foto: Henrique Kawaminami)
Delegado falou hoje cedo sobre o crime. (Foto: Henrique Kawaminami)

Maykon Lucas Matias, 22 anos, vai responder por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, o comerciante Hugo Gonçalves Insabralde, morto aos 29 anos.

Assassino confesso, depois de matar, Maikon alugou uma edícula para se esconder, no Bairro Caiobá, onde foi preso na tarde de ontem (12), graças à denúncia anônima. Ele já prestou depoimento e voltou a alegar legítima defesa. Apesar de atirar 3 vezes e espancar o comerciante até a morte, Maikon garantiu que não tinha intenção de matar.

Ele disse que só queria se defender, porque acreditava que o comerciante era violento e "se antecipou", disse o delegado da 3ª DP, Eduardo Meirelles.

Maikon chega em camburão à delegacia, na tarde de ontem. (FiImagem: Liniker Ribeiro)
Maikon chega em camburão à delegacia, na tarde de ontem. (FiImagem: Liniker Ribeiro)

Na manhã desta quarta-feira, o delegado falou sobre a prisão durante coletiva de imprensa. Na avaliação dele, a versão de legítima defesa é frágil, pela violência do crime e a própria confissão de Maikon.

"Tinha só 3 balas na arma e ele usou as 3. Depois, voltou para a lanchonete, pegou a faca e continuou golpeando, voltou de novo, pegou um taco de sinuca, agrediu a vítima e não parou até que Hugo não tivesse nenhum sinal vital", comentou o delegado.

Durante os 8 dias em que esteve escondido, Maykon divulgou vídeo dizendo que Hugo havia assediado a mulher dele, com mensagem pelo Whatsapp.

Em depoimento, comentou que a mulher não havia traído ele, mas admitiu que "ficou chateado com o galanteio e tinha medo que a vitima soubesse que ele sabia das mensagem de assédio à mulher", disse o delegado.

Segundo as investigações, no dia do crime,  os dois se encontraram em bar no Bairro Danúbio Azul. após um convite da vítima. Hugo era patrão de Maykon e teria percebido que algo incomodava o funcionário.

"A vitima percebeu que ele estava estranho, perguntou se tinha algum problema a resolver. Maykon respondeu que não, mas quando os dois foram para o carro, Maikon efetuou 3 disparou, porque não tinha mais munição", reforçou o delegado.

A polícia investiga se alguém ajudou na fuga, mas o assassino garante que não. Ele disse que fugiu com o carro da vítima, abandonou o carro, pegou um mototáxi, passou na casa da mãe, mas decidiu alugar uma casa para não comprometer ninguém.

O carro ainda está sendo periciado e será devolvido à família de Hugo. Maikon já foi transferido para o presídio. Ele disse que tinha a intenção de se entregar, não apareceu, por isso a polícia pediu prisão preventiva.


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