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Capital

Banco retoma casas e abandono preocupa moradores em condomínio

Mato alto, depredação e muita sujeira incomoda quem vive próximo aos imóveis desocupados

Liniker Ribeiro | 30/01/2020 08:16
Banco retoma casas e abandono preocupa moradores em condomínio
Sindica em frente a um dos imóveis desocupados; local está com mato alto, vidros quebrados e muita sujeira (Foto: Marcos Maluf)

Casas que um dia já foram ocupadas, mas estão abandonadas há pelo menos um ano e meio, preocupam moradores do condomínio José Otávio Guizo, no Rouxinóis, região sudeste de Campo Grande. Pelo menos seis residências, que foram retomadas pela Caixa Econômica Federal, apresentam mato alto, paredes e portas danificadas, além de muita sujeira.

Quem mora no local teme pela saúde, uma vez que os locais são pontos ideais para proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como a dengue, e pela segurança. "É horrível morar assim, retrato do abandono, é muito lixo. Aqui em casa a gente cuida, estamos fazendo uma nova limpeza, mas o que preocupa é essa casa próxima", destaca o jovem Diogo Henrique, de 19 anos.

Conforme a sindica, inúmeras tentativas de resolver o problema diretamente com a Caixa e com a imobiliária responsável pelo condomínio fracassaram. "Já cheguei a gastar R$ 1 mil para fazer a limpeza dessas casas e o valor não me foi reembolsado. Não me dão respaldo e a vigilância fala que vai me multar se eu manter esses imóveis como estão", afirma Vânia Conduta Quelho, de 41 anos.

Banco retoma casas e abandono preocupa moradores em condomínio
Cenário em outra residência abandonada onde o mato alto predomina (Foto: Marcos Maluf)

Vânia acredita ainda que, já que nem mesmo o valor da taxa de condomínio é pago pelo banco, a responsabilidade pelos imóveis é da empresa. "Eles precisam mandar equipe para ver como está, se alguém invadiu, se está limpo ou quebrado", aponta.

A moradora conta ainda que, recentemente, precisou pagar pela construção de um muro, em uma das residências retomadas, pois a casa dava acesso a parte externa do condomínio, o que facilitava o acesso de pessoas que não moram no local.

"Minha briga é porque eles não vendem, não alugam, nem passam para outras famílias. Por que deixam assim se tem tanta família precisando?", questiona Vânia. Além da preocupação com a dengue, os moradores citam que estão se preparando para evitar o surgimento de animais peçonhentos, como escorpiões, cobra e aranha.

O condomínio, que já contabiliza 10 anos, é formado por 141 imóveis, sendo que seis estão abandonados.

Depredação - As casas retomodas estão sendo danificadas aos poucos. A maioria já não possui porta e até pias foram levadas. A sujeira dentro das residências também impressiona. "Infelizmente, vou ter que gastar recurso do condomínio, de novo, para limpar. Como vou deixar morador viver ao lado de casas assim?", argumenta a sindica.

O representante comercial Fábio de Oliveira Silva, de 40 anos, também espera por respostas. "Aqui temos crianças, mato alto incomoda. Eles tinham que, no mínimo, enviar um valor para manter a grama cortada e tudo limpo. Fora que existe um padrão de casas e isso não cria uma imagem legal para o condomínio. Os moradores mais próximos que sofrem".

A reportagem entrou em contato com a Caixa Econômica Federal para questionar o que pode ser feito para resolver o problema dos moradores no condomínio, assim como prazos para que medidas sejam tomadas, e aguarda resposta. Também tentamos contato com a imobiliária indicada pela sindica, mas nossas ligações não foram atendidas.

Confira a galeria de imagens:

  • Banheiro sujo em imóvel desocupado.. sindica procuro focos de mosquito Aedes Aegypti
  • Sujeita e mato alto em uma das casas abandonadas
  • Mato alto é comum em residências retomadas pelo banco
  • Morador se preocupa com crianças de condomínio devido à sujeita nessas casas
  • Sindica aponta para outro problema em condomínio
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