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Capital

Bases de viaduto da Avenida Afonso Pena começam a ganhar reforço

A Prefeitura de Campo Grande criou, por meio de decreto, o “comitê de pontes e viadutos”

Mirian Machado | 18/02/2019 09:50
Trabalho é de recuperação das ferragens que estão desgastadas e enferrujadas (Foto: Mirian Machado)
Trabalho é de recuperação das ferragens que estão desgastadas e enferrujadas (Foto: Mirian Machado)

Equipes da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) começaram a segunda-feira no viaduto da Avenida Afonso Pena em Campo Grande, fazendo trabalhos de recuperação e reforço em cinco dos oito pilares que sustentam a ponte. O serviço, que começou na sexta-feira, deve durar mais essa semana ainda.

Meia pista da Rua Ceará foi interditada para os serviços de escavação ao redor das bases do viaduto que, com o passar do tempo foi se deteriorando. Conforme explica o mestre de obras da Sisep, Marcio da Silva Oliveira, o trabalho é de recuperação das ferragens que estão com ferrugem aparente. “É como um serviço de dentista, nesse caso é coisa pequena, mas de grande ajuda. Estamos fazendo o tratamento dos ferros”.

Oliveira explica que os ferros expostos passarão por um tratamento que inclui na sequência aplicação de produto antiferrugem, revestimento epóxi, resina para impermeabilizar, e por último será feita uma sapata de concreto.

Uma série de reportagens do Campo Grande News publicadas na semana passada abordou falhas e desgastes nos viadutos da Capital.

O prefeito afirmou que manutenções são feitas a cada três meses e que não há problema estrutural. Contudo, criou agora um comitê para ações de prevenção, planejamento e monitoramento de questões sobre a segurança e estabilidade de pontes e viadutos de Campo Grande.

Relembre - Arquiteto e urbanista Elvio Garabini revelou ao Campo Grande News que o viaduto que passa sobre a Rua Ricardo Brandão tem rachadura, desnível nas pedras que formam o gabião e estrutura armada com malha de fios de aço. Além disso, apontou falta de grama em um dos lados, o que parece simples, mas é fundamental para manter a estrutura em pé. “A grama tem a função de segurar o aterro”, diz.

Já no viaduto da Ceará com a Afonso Pena, o especialista encontrou um buraco com cerca de quase 1 metro de diâmetro pode ser visto embaixo da estrutura. A terra que deveria cobrir o espaço é levada a cada chuva e se esparrama pela calçada, prejudicando até mesmo quem passa a pé pelo local. De perto, é possível ver a terra da espessura fofa.

Outro local que também apresentou problemas, pelo olhar de um especialista, é o viaduto que fica próximo à UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), entre a Rua Trindade e a Avenida Costa e Silva.

Segundo o engenheiro e projetista de pontes José Francisco de Lima, há rachaduras nos pilares e falta de concreto na parte debaixo da alça superior, o que permite avistar até mesmo a estrutura de ferro que dá suporte para o cimento. Para o engenheiro e projetista de pontes, os problemas aumentam ainda mais os riscos de acidentes.

Outras construções foram avaliadas e também apresentaram falta de manutenção, segundo o engenheiro. Depois de visitas aos locais, a Prefeitura prometeu obras, mas ainda não tem data ou projeto para que as ações comecem.

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