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Capital

Buracos obrigam quem ganha a vida nas ruas a traçar "rotas impossíveis"

Alan Diógenes | 08/10/2015 09:36
Na Rua Joaquim Murtinho, moradores usaram criativa para reivindicar reparos nas ruas. (Foto: Fernando Antunws)
Na Rua Joaquim Murtinho, moradores usaram criativa para reivindicar reparos nas ruas. (Foto: Fernando Antunws)
Motoristas são obrigados a desviar e aumenta o risco de acidentes. (Foto: Fernando Antunes)
Motoristas são obrigados a desviar e aumenta o risco de acidentes. (Foto: Fernando Antunes)

Se a rotina de quem precisa trafegar pelas ruas da Capital para ir e voltar do serviço, ou dos compromissos, já está difícil por conta da grande quantidade de buracos, imagina a de quem “vive” disso: taxistas, mototaxistas e entregadores. Os profissionais tiveram até que mudar os percursos rotineiros para escapar dos obstáculos, além de oferecer um serviço mais confortável e de qualidade aos clientes.

O taxista Samuel Rodrigues do Nascimento, 49 anos, trabalha há 16 na mesma profissão e conta que nunca tinha a cidade tomada por buracos como está agora. “Agora está muito feio, não sei onde vai parar desse jeito. O pior é que os clientes já estão reclamando e eu não sei mais o que fazer”, explicou.

Samuel, que fica no ponto de táxi do Trevo Imbirussu, precisa “pegar” a Bandeirantes, quando algum clientes precisa da condução no Centro da Capital. A avenida é uma das mais afetadas e possui buracos em toda sua extensão. Um deles tem quase dois metros de diâmetro e está sinalizado com um cavelete da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Outra que está tomada pelos buracos é a Joaquim Murtinho, que possui um grande fluxo de veículos.

O taxista deu algumas dicas aos demais condutores. “O negócio é andar devagar e sempre com muita atenção para evitar acidentes de trânsito. Se correr vai acabar quebrando o carro. O asfalto das ruas da cidade é muito antigo, por isso os buracos aparecem, o jeito é recapear mesmo”, completou.

Mototaxistas encontram diversos obstáculos pelas vias da Capital. (Foto: Fernando Antunes)
Mototaxistas encontram diversos obstáculos pelas vias da Capital. (Foto: Fernando Antunes)
Há 16 anos trabalhando como taxista, Samuel disse nunca ter visto cidade assim. (Foto: Fernando Antunes)
Há 16 anos trabalhando como taxista, Samuel disse nunca ter visto cidade assim. (Foto: Fernando Antunes)

Já o mototaxista Francklin Vera de Santana, 26, disse que mudou os percursos que fazia antes por algumas ruas, devido aos buracos. “Estou pegando atalhos e cortando algumas ruas. Só assim mesmo para evitar passar em buracos”, comentou.

Colega de profissão de Francklin, Valcides de Jesus Souza, 30 anos, falou que a desvantagem é maior para quem tem veículo. “Com moto que é pequena a gente consegue ainda desviar, mas de carro muitas vezes não dá”, mencionou.

O mototaxista Jeferson Luiz, 31, que chega a fazer 10 viagens por dia, afirmou que o problema existe tanto na área central como nos bairros da periferia. “Está demais e o perigo maior é o risco de acidentes”, finalizou.

Na terça-feira (6), o prefeito Alcides Bernal (PP) afirmou que irá buscar apoio do MPE (Ministério Público Estadual) para encontrar uma saída emergencial que resolva o problema dos buracos nas vias da Capital. "Quero conversar com os promotores e buscar uma solução que evite uma ação por improbidade administrativa no futuro", disse.

A Prefeitura Municipal de Campo Grande vai retomar os contratos firmados na gestão de Nelsinho Trad e mantidos por Gilmar Olarte para acabar com os buracos na Capital.

Na Avenida Bandeirantes buraco ocupa uma faixa inteira. (Foto: Fernando Antunes)
Na Avenida Bandeirantes buraco ocupa uma faixa inteira. (Foto: Fernando Antunes)
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