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Capital

Buscando vídeos de execução, polícia acha comércios com câmeras falsas

Fiscal da Vigilância Sanitária foi morto pela manhã; polícia ainda está atrás de pistas

Anahi Zurutuza e Guilherme Henri | 16/08/2016 16:18
Comércios usam câmeras falsas para coibir a ação de ladrões (Foto: Guilherme Henri)
Comércios usam câmeras falsas para coibir a ação de ladrões (Foto: Guilherme Henri)

Dos cinco comércios localizados na esquina das ruas Raquel de Queiroz e Rua da Divisão, no Aero Rancho – sul de Campo Grande –, onde aconteceu a execução do fiscal sanitário Luiz Eduardo Lopes, 45, na manhã desta terça-feira (16), dois têm câmeras instaladas nas fachadas, mas os equipamentos não funcionam. A falta das imagens, segundo o delegado Gomides Ferreira dos Santos, vai dificultar a investigação.

A funcionária de uma das lojas, que pediu para ter a identidade preservada, informou que o estabelecimento passou por reforma e foi ampliado recentemente, por isso o sistema de segurança ainda não foi religado.

O empregado de outro comércio, que também não quis revelar o nome, disse que a câmera instalada no local “é falsa mesmo” e que foi colocada apenas para coibir a ação de ladrões.

O delegado Gomides, chefe do SIG (Serviço de Investigações Gerais), confirmou que nenhuma imagem foi encontrada. Mas, testemunhas devem ajudar na identificar os suspeitos de cometerem do crime. O caso será enviado para a 5ª Delegacia de Polícia.

Vida voltou ao normal na tarde desta terça-feira, horas depois do crime (Foto: Guilherme Henri)
Vida voltou ao normal na tarde desta terça-feira, horas depois do crime (Foto: Guilherme Henri)

Vida que segue – Horas depois da execução, a vida dos moradores do entorno do local do crime parece ter voltado ao normal. Embora ninguém queira comentar sobre o ocorrido.

Comércios estão de portas abertas, famílias sentadas na frente das casas e crianças brincam nas calçadas.

O crime – Pela manhã, o delegado Giuliano Biaccio, o primeiro a chegar ao local, contou que foram feitos pelo menos seis disparos, provavelmente de revólver calibre 38. A vítima foi atingida por vários tiros, na região da cabeça, tórax e nas costas.

No carro de Luiz Eduardo foram encontrados processos referentes a Vigilância Sanitária e, portanto, a polícia acredita que o fiscal sanitário estava na região a trabalho. Tudo indica, pela característica do crime, que se trata de uma execução.

Uma testemunha contou que o fiscal seguia em um veículo VW Gol, de cor preta, quando foi abordado por dois ocupantes em um veículo Fiat Palio, de cor prata. “Eles deram sinal, a vítima então estacionou o carro e quando ia descer, o passageiro disparou”, descreveu.

Depois do crime, os atiradores saíram acelerando e fugiram por uma rua sem asfalto.

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