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Capital

Catadores voltam a bloquear BR-262, enquanto impasse sobre lixão continua

Natalia Yahn | 23/03/2016 11:03

Catadores que estão impedidos de trabalhar no lixão de Campo Grande voltaram a bloquear a rodovia BR-262, no anel rodoviário – entre as saídas para São Paulo e Sidrolândia.

A manifestação começou às 9h47, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), que está no local. Equipes da Polícia Militar e da Guarda Municipal também acompanham a ação do grupo que desde o dia 2 de março realiza uma série de protestos contra o fechamento do lixão, no dia 28 de fevereiro.

A PRF informou que aproximadamente 20 catadores impedem a passagem de veículos com local. O grupo utiliza galhos, pedras e pneus para bloquear a rodovia.

O bloqueio da rodovia acontece enquanto a promotora do Meio Ambiente da Capital, Luz Marina Borges Maciel Pinheiro, se reúne com o procurador do Trabalho, Paulo Douglas Almeida de Moraes, para receber as informações discutidas ontem (22) durante audiência pública no MPT (Ministério Público do Trabalho).

Os catadores reclamam que não foram convidados para a discussão. "Vão falar do nosso futuro, do nosso trabalho e não querem a gente lá. Por isso vamos manter os protestos até tudo se resolver e a gente poder voltar a trabalhar", disse um dos líderes dos catadores, Rodrigo Leão Marques.

Uma catadora, que pediu para não ter o nome divulgado, informou que o grupo foi ameaçado. “Os policiais disseram para a gente liberar a rodovia. Nós avisamos que vamos continuar aqui e aí ele disse que chamou o Choque. Estamos com medo”, afirmou.

A reunião entre MPE (Ministério Público Estadual) e MPT acontece na 26° Promotoria de Justiça de Campo Grande, com a presença também da diretora-presidente da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados), Ritva Vieira e do secretário da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Amilton Cândido de Oliveira.

Representantes da Solurb - empresa concessionária do serviço de coleta de lixo na Capital - também estão no local, mas aguardam serem chamados pela promotora do lado de fora da sala de reuniões. 

Ontem (22), vândalos atearam fogo na mata ao lado da rodovia e também em um veículo da Solurb. A Guarda Municipal negou que a ação tenha partido dos catadores. "Foram vândalos que fugiram", disse o chefe da região do Anhanduizinho, Tomaz de Araújo.

"A própria Solurb pode ter colocado fogo e agora querem culpar os catadores. Assim é muito fácil. Mas nós não fizemos isso, saimos da rodovia por questão segurança, desistimos ontem para fazer o protesto hoje. Se não morremos no lixão morremos aqui", afirmou Marques.

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