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Capital

Cidade terá mais 40 pontos para monitorar chuva em tempo real

Aline dos Santos | 13/06/2015 10:47
Chuva será mapeada em 52 pontos da cidade. (Foto: Marcelo Calazans)
Chuva será mapeada em 52 pontos da cidade. (Foto: Marcelo Calazans)

A rede que monitora a chuva em Campo Grande terá mais 40 sensores até o fim de agosto. Atualmente, são 12 pontos, número que vai chegar a 52 no perímetro urbano. De forma instantânea, o sistema Infosan vai divulgar informações da precipitação em tempo real, norteando as ações da Defesa Civil. Mas os dados também vão fornecer o perfil de 50 microbacias, determinando modelos e drenagem para cada região.

O custo total será de R$ 780 mil, considerando que cada estação meteorológica tem valor de R$ 15 mil. A receita é proveniente de medias mitigatórias de impacto, exigidas para empreendimentos de grande porte.

Na sede do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), uma tela de 70 polegadas já foi instalada para exibir a situação de cada microbacia. Conforme o diretor-presidente do instituto, Marcos Cristaldo, o objetivo é que as estações entrem em funcionamento antes da temporada de chuva.

“Campo Grande entra no rol das cidades inteligentes, com esse projeto que mensura esse item tão importante que é a questão da drenagem”, afirma.

O projeto foi iniciado em 2009, com a instalação de sensores em 12 pontos das bacias do Prosa, Segredo e Anhanduí. Eles estão distribuídos em locais como bairro Polonês ( próximo ao Sóter,) na avenida Ricardo Brandão, além de duas estações na região do Anhanduí, uma próximo ao Hospital Regional e outra nas proximidades do Shopping Norte Sul Plaza.

Conforme Cristaldo, algumas estações contam com linígrafo, dispositivo que mede o nível dos córregos. “E paralelo aos equipamentos para medir o volume de chuva, estão sendo executados testes de infiltração. Para saber o volume de chuva que escorre”, explica.

Para dimensionar as obras de drenagem, o poder publico vai avaliar a intensidade pluviométrica, que corresponde ao volume de chuva pelo tempo. “O que nos interessa saber é o volume de água que vai para os nossos córregos, para que a gente possa organizar a gestão da drenagem. Quais as bacias mais afetadas, quais as obras mais estruturantes”, afirma Cristaldo.

Juntos, os modelos de chuva e de escoamento apontam possíveis locais de alagamentos.

Caminho das águas - Campo Grande tem 11 bacias hidrográficas: Lagoa, Lageado, Imbirussu, Gameleira, Segredo, Ahanduí, Coqueiro, Bandeira, Prosa, Balsamo e Botas. A mais extensa é a do Anhanduí, que comporta o rio de mesmo nome, que recebe o Segredo e o Prosa. Campo Grande está inserida na bacia hidrográfica do Rio Pardo.

As bacias são delimitadas em função dos córregos. Por exemplo, na bacia do Prosa, toda a chuva chega a ao curso d'água que nomeia a área hidrográfica.

Com a ampliação, o monitoramento chega a 50 microbacias. “Para que você possa ter a contribuição de cada bacia, o que tem de empreendimento, o que está adensado dentro de cada área menor”, afirma o diretor-presidente do Planurb.

Pontos em verde mostram localização de sensores.
Pontos em verde mostram localização de sensores.
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