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Capital

Cliente compra 20 panetones "estragados" e até cão passa mal

Lidiane Kober | 10/12/2013 18:17
Panetones foram comprados para dar de lembrança a funcionários de empresa da Capital (Fotos: Cleber Gellio)
Panetones foram comprados para dar de lembrança a funcionários de empresa da Capital (Fotos: Cleber Gellio)

O plano de uma empresária de Campo Grande de dar um panetone de lembrança de natal aos funcionários rendeu indignação e dor de cabeça. Na semana passada, ela comprou, no Hipermercado Extra, 20 bolos da marca Bauducco, levou um para casa, abriu e se deparou com manchas verdes e amareladas. Por curiosidade desembalou mais oito, todos estragados. Preocupada, ela avisou os responsáveis, que a ignoraram e o caso parou na vigilância sanitária.

Segundo a empresária, que não quis se identificar por temer prejuízos ao seu comércio, a aquisição dos panetones, do lote 256IB-20h19, com data de validade para 31 de março de 2014, ocorreu na quarta-feira passada (4).

“Levei um para casa, minha mãe abriu, viu o problema e largou o produto em cima da mesa. O meu irmão mais novo acabou comendo um pedaço e, ao perceber o gosto, cuspiu no chão e o meu cachorro da raça chihuahua, de seis meses e que paguei bem caro, comeu. No final das contas, os dois passaram mal e meu cachorro quase morreu”, relatou a empresária.

O perigo a preocupou e a primeira ideia foi acionar a Bauducco. “Liguei e eles prometeram vir até a minha casa na sexta-feira (6) para analisar os produtos e entregar outros”, contou. Até o sábado (7), ninguém apareceu e ela retornou.

Em reposta, a empresa explicou não ter representante em Campo Grande e a mandou enviar pelo correio um panetone estragado. “Eles informaram que em 10 dias seria feita a análise do produto e, em caso de confirmar o problema, enviariam outros panetones, mas até lá o natal já teria passado”, comentou a empresária.

Panetone apresentava manchas verdes e amareladas
Panetone apresentava manchas verdes e amareladas

No mesmo dia, ela resolveu voltar ao Extra para ver se o lote continuava lá. “Eram pilhas e pilhas expostas, então, chamei o gerente e o desafiei a abrir um panetone, se não tivesse estragado, eu pagaria”, relatou. Ao desembalar, o gerente confirmou o problema e prometeu “tomar providências”.

Hoje, três dias depois, a empresária voltou ao hipermercado e panetones do mesmo lote continuavam à venda. “É uma vergonha, um descaso com o consumidor”, desabafou a cliente. Revoltada, ela decidiu denunciar o caso à vigilância sanitária.

O outro lado – Procurado pela reportagem, o Extra informou “pautar suas ações no respeito às leis vigentes e possuir rigorosos procedimentos para auditar a qualidade e validade dos produtos comercializados em suas lojas” A rede garantiu ainda “que tão logo soube do ocorrido, realizou apuração interna para analisar o fato”.

Ao contrário do que a cliente afirmou, o Extra disse que “como medida preventiva, retirou todos os produtos apontados da gôndola e acionou o fornecedor para análise dos produtos”. “A empresa está em contato com a cliente e permanece à disposição”, encerrou a Rede, por meio de nota da assessoria de imprensa.

Procon – A 13 dias do natal, o Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor) ainda não recebeu nenhuma denúncia de panetone estragado, conforme o superintendente do órgão, Alexandre Rezende.

Segundo ele, em caso de o problema da empresária se repetir com outra pessoa, o caminho é procurar o fornecedor direto do produto. “Ela cortou o caminho, o mais prático seria procurar o Extra, porque ela não comprou da Bauducco, quem pegou o dinheiro dela foi o hipermercado e ele tem obrigação de ressarcir”, disse.

Para finalizar, Rezende alertou sobre a importância de denunciar esse tipo de problema ao Procon. “Para evitar lesão coletiva, nosso papel é ir até o estabelecimento e apreender o lote”, concluiu.

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