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Capital

Com alta demanda no drive-thru, fila cresce em busca de exame no Ayrton Senna

Quem procurou polo para fazer exames relata que foi orientado depois de não conseguir agendar pelo drive-thru do Bombeiros

Silvia Frias e Bruna Marques | 06/07/2020 09:37
Fila no Parque Ayrton Senna já do lado de fora da unidade (Foto: Kisie Ainoã)
Fila no Parque Ayrton Senna já do lado de fora da unidade (Foto: Kisie Ainoã)

Com falta de exames para testagem rápida e agenda lotada para testagem PCR no drive thru do Corpo de Bombeiros, muita gente foi orientada a procurar atendimento no pólo do Parque Ayrton Senna, no Aero Rancho. Hoje, cerca de 90 pessoas aguardavam atendimento no início da manhã, parteo do grupo, em fila do lado de fora da área coberta.

Sem agendano drive-thru do quartel central do Corpo de Bombeiros, muitos foram orientados a ir até a unidade do Aero Rancho, que atende a demanda espontânea. Esta semana, segundo coordenação de testes, a capacidade de atendimento no polo do Parque Ayrton Senna dobrou, passado para 150 exames.

Na fila, cerca de 40 pessoas aguardavam a vez de passarem pelo exame, enquanto outras 50 estavam dentro do pólo para a triagem. Apesar da grande movimentação, o relato é que não houve demora atendimento. O empresário Bruno Costa Anache, 34 anos, foi um dos submetidos ao exame PCR (cotonete). Ele disse que, na quinta-feira (2), teve febre e amigos com quem teve contato em dias anteriores avisaram que atestaram positivo para covid-19.

Bruno foi ao Ayrton Senna após ter sintomas (Foto: Kisie Ainoã)
Bruno foi ao Ayrton Senna após ter sintomas (Foto: Kisie Ainoã)

No dia seguinte, ligou no quartel do Corpo de Bombeiros e foi orientado a procurar o pólo do Ayrton Senna, pois a unidade não estava agendando exames pelos próximos oito dias. Hoje, sem febre, mais ainda com tosse, fez o teste e recebeu a informação que o resultado sairá em cinco dias. “Moro com minha mãe, ela tem 55 anos, estou em isolamento”, disse.

Sem doenças crônicas, mas no grupo de risco, a aposentada Neila Maria Alves de Faria, 62 anos, ficou preocupada quando teve coriza e sentiu dor de garganta. Também recorreu à unidade de exames montada no Corpo de Bombeiros, e foi orientada a fazer a testagem no Ayrton Senna. Hoje, foi até o local,mas recebeu orientação de que já tinha passado o prazo ideal do exame PCR, que detecta o vírus ativo. Foi orientada a ficar em isolamento e voltará na sexta-feira para ser submetida ao teste rápido.

“Apesar de estar melhor, meu medo continua”, disse, exlicando que mora com o marido, que sofreu derrame recentemente e está sendo cuidado pelos filhos. O receio de contaminar as pessoas fez com que a aposentada saísse com duas máscaras no rosto, uma sobre a outra.

Neusa fez exame e se preocupa com marido (Foto: Kisie Ainoã)
Neusa fez exame e se preocupa com marido (Foto: Kisie Ainoã)

O enfermeiro Zildenei Fiuza, 39 anos, foi direto ao parque no Aero Rancho para testagem no dia 30 de junho e, hoje, aguardava na fila para pegar o resultado, pois não recebeu mensagem sobre o exame. Naquele dia foi afastado do trabalho, depois de começar a sentir dor de garganta e ter coriza e tosse seca. No início, achou que era gripe, mas estranhou cansaço. “Andava e parecia que tinha corrido uma maratona”, lembra.

O receio de Fiuza caso o exame dê positivo é a convivência com a esposa na mesma casa, além de ter que pegar outro atestado de afastameto do trabalho, sendo obrigado a entrar no auxílio doença previdenciário.

No drive-thru do Corpo de Bombeiros, não há mais agenda para teste rápido (feito a parto de gota de sangue extraída de um dedo) no quartel central até 31 de julho e também não há previsão para abrir a agenda de agosto. O exame RT-PCR, analisado através de material coletado do nariz, segue com agendamento, mas o paciente precisa apresentar os sintomas e passar por questionário.

Após exame, a espera pelo resultado sobre covid-19 (Foto: Kisie Ainoã)
Após exame, a espera pelo resultado sobre covid-19 (Foto: Kisie Ainoã)


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