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Capital

Com banda, portadores de Down saem à rua para lembrar conquistas

Aline dos Santos e Mariana Lopes | 21/03/2013 10:37
Passeata levantou a bandeira da igualdade. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Passeata levantou a bandeira da igualdade. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Banda fez sucesso na caminhada. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Banda fez sucesso na caminhada. (Foto: Vanderlei Aparecido)

Quem estava no Centro de Campo Grande foi às portas e janelas para ver a banda passar. Na rua, compenetrada e entoando Don’t let me Down, canção dos Beatles, a banda da escola Juliano Varela levantou a bandeira da igualdade neste Dia Internacional da Síndrome de Down.

A passeata é para comemorar conquistas. “Hoje a gente consegue inserir os alunos no mercado do trabalho. Tem atividades fora da escola. Se ficarem só dentro da escola, eles não terão o contato com a sociedade” , afirma a diretora Rosely Gayoso.

O mais novo aluno é também o mais velho. Aos 70 anos, Adão Rodrigues da Silva se matriculou ontem na escola Juliano Varela. Com muita dificuldade na fala e cego, ele conta que vai em busca de aprender a escrever. Nas mãos, levava um violão.

De acordo com o maestro Marcelo Perez a música traz ganhos para os alunos. “Tem a concentração, a coordenação motora e a consciência de que aqui é para valer”, relata. A passagem da banda, com seus 40 integrantes, foi registrada por máquinas de foto e celulares.

A passeata, conforme a PM (Polícia Militar), reuniu 500 pessoas. O grupo passou pela 14 de Julho, Afonso Pena, Barão do Rio Branco, Pedro Celestino e praça Ary Coelho. A passeata terminou com apresentação de capoeira.

“É muito importante o contato. Provam que tem capacidade”, afirma o empresário André Eduardo Moreto. Com o filho nos braços, ele parou para ver a banda passar.

Para os pais, a escola e a inclusão abrem um novo tempo na vida dos filhos. “Acho que é uma nova geração de pessoas com Síndrome de Down. Muito mais acolhidos pela sociedade”, afirma a policial militar Jocimara Canhete Ávalos, de 37 anos. Ela é mãe de Camila, de dois anos.

A dona de casa Ruth Lima Bachega, de 42 anos, lembra que ainda é preciso vencer o preconceito. “Coloquei meu filho na escola regular, ele não conseguiu acompanhar e ficou completamente isolado. Sinto que ainda tem muito preconceito”, diz.

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