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Capital

Com cachorros resgatados, ativistas protestam: “animais não têm culpa"

Filhotes da cadela que foi enterrada viva tabmbém foram levados no protesto, no centro de Campo Grande

Viviane Oliveira e Ana Beatriz Rodrigues | 29/01/2023 11:32
Julia Grance com cachorro resgatado no colo (Foto: Marcos Maluf) 
Julia Grance com cachorro resgatado no colo (Foto: Marcos Maluf)

Depois de dois casos bárbaros registrados nesta semana de maus-tratos contra animais, ativistas protestaram na manhã deste domingo (29), no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de Maio, no Centro de Campo Grande. Até os cachorros que foram resgatados nos últimos dias foram levados para a manifestação.

Na terça-feira (24), um gato de cerca de 4 meses, chamado por Mário, foi morto a tijoladas. No dia seguinte, a cadela Laika foi enterrada viva enquanto paria. Os filhotes dela foram salvos, a cadela não resistiu. Nos dois casos, os agressores foram presos em flagrante, mas ganharam a liberdade provisória em audiência de custódia.

Com faixa de pedido de socorro, o grupo apelou à primeira-dama Janja, Rosângela Lula da Silva, que resgatou a cachorrinha, chamada de Resistência, em frente à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, em 2019, enquanto o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ainda estava preso. A cadela virou mascote na pauta de defesa dos direitos dos animais.

Filhotes de Laika também participaram de manifestação (Foto: Marcos Maluf) 
Filhotes de Laika também participaram de manifestação (Foto: Marcos Maluf)

Segundo Daniela Reis, de 47 anos, que se intitula como guardiã animal, o protesto foi idealizado para chamar atenção do poder público, porque além dos casos que ganharam a mídia nesta semana, existem muitas outras "Laikas". “Precisamos de mais apoio da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) e do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). Só os protetores não dão contam”, disse.

Quanto à Ubea (Unidade do Bem-Estar Animal), centro inaugurado no dia 2 de dezembro do ano passado com atendimento médico-veterinário, Daniela destaca que a ideia é boa, mas precisa ser colocada em prática. “O intuito é que casos cruéis como a gente viu nesta semana não se repita mais, o animal não tem culpa dos problemas do agressor”, destacou a guardiã.

Conforme a protetora independente Júlia Grance, de 39 anos, as pessoas se solidarizam com a causa animal quando é um caso extremo. Mas que outros assuntos precisam também da ajuda e conscientização da sociedade, como por exemplo, a castração de animais. “Deveria ter um mutirão de castração”, afirmou. Cachorros resgatados, inclusive os filhotes da cadela Laika, participaram da manifestação nesta manhã.

Ativistas durante protesto no centro nesta manhã (Foto: Marcos Maluf) 
Ativistas durante protesto no centro nesta manhã (Foto: Marcos Maluf)

Maus-tratos e violência contra animais é crime previsto por lei. A pena para quem praticar o crime contra cães ou gatos é de prisão, de dois a cinco anos, multa e perda da guarda do animal.

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