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Capital

Com déficit, Capital não sabe onde enterrar tantas pessoas por mês

Filipe Prado | 16/07/2014 19:45

Sem ter onde enterrar tantas pessoas, a Semadur está tentando reverter a superlotação nos cemitérios públicos de Campo Grande, que já possuem um déficit de mais de 1,6 mil vagas. Um ossário, um crematório e a verticalização dos cemitérios são soluções apresentadas pela prefeitura.

Fundado em 1961, o Cemitério Santo Amaro tem 223 quadras, com cerca de 160 covas, uma área de 270,383,01 m² e uma ocupação total de 39,179 sepulturas. Atualmente, o maior cemitério, possui um déficit de 6.732 m² de área e faltam 900 vagas.

O cemitério mais antigo, fundado em 1936, é o Santo Antônio. Ele possui uma área de 41,328 m² e 23,302 sepulturas, mas o déficit do cemitério é 900 m² de área e faltam 120 vagas. No local só abre espaço de cinco em cinco anos, quando é feita a exumação de entes de famílias inadimplentes ou de indigentes.

O Cemitério Cruzeiro, fundado em 1967, tem 167 quadras, com 97 covas, 26.302 túmulos, e é outro que está lotado. O déficit de vagas chegou a 660 e faltam 4.937 m² de área para abrir novas sepulturas.

Audiência - Para solucionar o problema da superlotação nos públicos de Campo Grande, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), em parceria com a Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados), busca modelos em outras cidades do país e tem até o final do ano para mostrar soluções para o problema.

Hoje (16) foi realizado uma audiência pública na Câmara Municipal, presidida pelo vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente Eduardo Romero (Pt do B), para debater o problema. Conforme o secretário da Semadur, João Alberto Borges dos Santos, eles buscam outros formatos para os cemitérios da Capital.

Romero alegou que eles possuem três propostas para o fim da superlotação. A construção de um novo ossário, para a liberação de covas, a verticalização dos cemitérios, com três a quatro andares por jazigo.“É um conjunto de ações que iremos discutir para sanar o problema”, assegurou Romero.

Um crematório, já aprovado, também é uma das soluções apontadas por Romero, porém ainda não é bem aceito pelos sul-mato-grossenses. “O processo do crematório é diferenciado e não é bem aceito culturalmente. Das 350 mortes mensais na Capital, somente 2% são cremados, atualmente. Mas vamos estudar e ver a melhor solução”, explicou.

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