Com limpeza de terreno, casa histórica some de vez da paisagem no Centro
Imóvel desabou há mais de um mês na Antônio Maria Coelho, apesar de tentativas de protegê-lo
Amanheceu limpo nesta terça-feira (24) o terreno da Rua Antônio Maria Coelho, esquina com a Rua 13 de Maio, no Centro de Campo Grande. Ali havia uma casa histórica que desabou há mais de um mês, sem a restauração, manutenção e valorização que um imóvel assim deveria receber.
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Uma casa histórica da década de 1920, localizada na esquina das ruas Antônio Maria Coelho e 13 de Maio, no Centro de Campo Grande, foi completamente removida após seu desabamento há mais de um mês. O imóvel, que possuía tombamento provisório, apresentava características da arquitetura art nouveau e neoclássica. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul move ações judiciais contra o ex-vereador Paulo Pedra, a Prefeitura de Campo Grande e o atual proprietário, pastor Gilberto Martins Reginaldo, pela perda do patrimônio histórico. O caso tramita na Justiça Estadual e no Superior Tribunal de Justiça.
O ex-proprietário do terreno é o ex-vereador Paulo Pedra. Ele, a Prefeitura de Campo Grande e o atual proprietário, o pastor Gilberto Martins Reginaldo da Igreja Palácio de Deus, são cobrados na Justiça a se responsabilizarem pela perda do patrimônio histórico.
A casa foi construída na década de 20 do século passado com inspiração no ecletismo, da arquitetura art nouveau ou neoclássica, segundo concluiu perícia técnica do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. Foi naquela época que as edificações de Campo Grande, ainda situada no Mato Grosso indiviso, começaram a ganhar ornamentos nas fachadas feitos por mestres frentistas.
Chamada de Vivenda Ignácio Gomes, ela era patrimônio protegido por tombamento provisório e foi corroída pelo tempo, apesar de os responsáveis terem sido acionados judicialmente para evitar que tudo fosse ao chão.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul move duas ações civis públicas distintas relacionadas aos danos ao patrimônio histórico e cultural de Campo Grande. Uma delas tem recurso do órgão tramitando no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Agora, a paisagem na região mudou. Em vez de uma janela aberta para o passado do lugar onde vivem, os campo-grandenses agora veem o horizonte de prédios cinzas que despontam na cidade em crescimento.
O que será construído no lugar - A reportagem tentou contato com o pastor Gilberto para saber como está o impasse judicial e o que pretende edificar ali; e se seria uma igreja.
O celular dele estava desligado e não houve resposta até o fechamento desta matéria.
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