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Capital

Com segurança reforçada, acusado de execução filmada vai a júri

Richard Alexandre Lianho foi assassinado em fevereiro do ano passado por ser integrante do Comando Vermelho e se envolver com a esposa de um membro do PCC

Geisy Garnes e Bruna Kaspary | 12/07/2018 08:50
Rafael presta depoimento nesta manhã (Foto: Saul Schramm)
Rafael presta depoimento nesta manhã (Foto: Saul Schramm)

A segurança no prédio do Fórum de Campo Grande foi reforçada na manhã desta quinta-feira (12) para receber o julgamento de Rafael da Silva Duarte, de 23 anos, integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e réu pela morte de Richard Alexandre Lianho, 25 anos, em fevereiro do ano passado.

Com duas equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar fazendo a segurança do lado de fora do prédio e policiais militares do Tribunal de Justiça escoltando do preso, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, vai ouvir Rafael e também os dois adolescentes envolvidos no homicídio.

Apreendidas em uma Unei (Unidade Educacional de Internação) de Três Lagoas - a 338 quilômetros da Capital - as duas testemunhas vão prestar depoimento por videoconferência. Segundo o MPE (Ministério Público Estadual), a dupla auxiliou Rafael no sequestro e na morte de Richard, que foi filmada por um dos suspeitos.

Richard, segundo as investigações, morreu por ser integrante do Comando Vermelho e ter se envolvido com a esposa, e também acusada, de uma liderança do PCC - na época preso no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.

Conforme as investigações, Naiara Carolina Menezes Lopes teria marcado encontro amoroso com a vítima a pedido dos autores. No local, a vítima foi sequestrada por Rafael e dois adolescente, submetido ao “tribunal do crime”. Após videoconferência entre integrantes da facção, o rapaz foi sentenciado a morte.

Ele foi assassinado com tiros na cabeça, efetuados pelos menores, que ainda tentaram esquartejar seu corpo, cortando parte os braços e a cabeça da vítima. O corpo foi jogado no penhasco da Cachoeira do Céuzinho pelos menores e pelo réu e acabou encontrado no dia 15 de fevereiro, depois da prisão dos autores, que eram investigados por um roubo em Três Lagoas.

Rafael responde por homicídio qualificado pelo motivo torpe, ocultação de cadáver, corrupção de menores e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido e de uso restrito.

Naiara, que também é julgada pelo crime, não foi localizada e por isso o processo precisou ser desmembrado. Desde o final do mês passado, o suspeita está com mandado de prisão em aberto.

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