ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Com sintomas de gripe, bebê de 3 meses morre em UPA da Capital

Primeiro atendimento à criança ocorreu depois de cerca de três horas de espera, segundo os pais de Arthur

Adriano Fernandes | 23/04/2018 19:54
Seis médicos estariam atendendo adultos e mais cinco, na pediatria da UPA, esta noite (23). O efetivo, no entanto, não reduziu a lotação do local, esta noite (23). (Foto: Direto das Ruas)
Seis médicos estariam atendendo adultos e mais cinco, na pediatria da UPA, esta noite (23). O efetivo, no entanto, não reduziu a lotação do local, esta noite (23). (Foto: Direto das Ruas)

Após ser internado com sintomas de uma gripe o pequeno Arthur Miguel Gondim Sousa, de apenas 3 meses, faleceu esta tarde (23), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Coronel Antonino em Campo Grande.

A dor da perda é somada a revolta dos pais da criança que se queixam da demora no atendimento, falta de equipamentos e até a imprecisão quanto às causas da morte da criança que até então, não foi informada pelos médicos.

Arthur foi levado ao UPA pelo pai Marcelo Lopes Souza, 23 anos, e a esposa, Estefani Larissa Gondin da Costa, 19, por volta das 8h desta segunda-feira (23). O primeiro atendimento à criança, no entanto, só ocorreu por volta das 11h, segundo os pais.

“Ele estava gripadinho, com uma tosse forte e respirando com muita dificuldade”, comentou Marcelo que é ajudante de pedreiro. Mas a angustia, segundo ele, só aumentou depois da espera. Depois da triagem, na pediatria que eles foram notar que o quadro dele era mais grave, mas ainda encaminharam para emergência. Só que ainda esperamos por muito tempo”, se queixa.

Segundo o jovem, com a piora no quadro clínico da criança, ao menos três médicos ainda tentaram reanimar Arthur que não resistiu e faleceu por volta das 16h. O pai acusa negligência médica e também critica a falta de estrutura da unidade para o atendimento aos pacientes que lotam o local, esta noite (23).

“Está lotado. Não tem nem água para beber. Não tinha oxigênio para darem para o meu filho. Estavam bombeando ar para ele à mão. Até a máquina de raio-x está quebrada”, se queixa.
Até o momento os médicos da UPA não informaram as causas da morte do bebê e também não há previsão de liberação do corpo.

“Não nos disseram nada. Nem médico, nem gerência, assistente social. Nada”, conclui. Em resposta, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou que as causas da morte ainda estão sendo apuradas.

Por meio de nota, a secretaria lamentou o ocorrido e diz ser solidária com a família, tendo, inclusive, dado toda a orientação aos familiares e reforça que o atendimento da criança se deu dentro do tempo protolocar, vindo a mesma a receber toda a assistência necessária e foi medicada, no entanto ela apresentou um quadro crônico grave que evoluiu rapidamente vindo a falecer. 

Nos siga no Google Notícias