Comerciante comprou arma há uma semana e matou por dívida de R$ 200
Lucas se apresentou à 4ª Delegacia de Polícia Civil, localizada no Bairro Moreninha II, na tarde desta quinta-feira

O responsável por matar o porteiro Igor Pereira de Faria Duarte na madrugada do desta quarta-feira (25) se apresentou à polícia nesta tarde e afirmou ter atirado na vítima ao cobrar uma dívida de R$ 200. Lucas Andrade de Menezes, de 24 anos, procurou a 4ª Delegacia de Polícia Civil acompanhado do advogado, Amilton Ferreira de Almeida.
Lucas chegou à delegacia, localizada no Bairro Moreninha II, ao lado do advogado, que explicou a imprensa a versão do cliente sobre o crime. Segundo Amilton, o rapaz é dono da conveniência em que a vítima estava minuto antes do crime, na Avenida Guaicurus, no Bairro Universitário.
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“Igor estava na conveniência desde às 22 horas do dia anterior, dando dor de cabeça para todo mundo, ameaçando os frequentadores, atrapalhando todo o movimento. Em certo momento da madrugada saiu sem pagar nada”, conta o advogado. A dívida, segundo a versão de Lucas, chegava a R$ 200 e por isso ele resolveu ir atrás do cliente para receber o dinheiro.
O comerciante entrou em sua caminhonete e seguiu Igor pela avenida até o cruzamento da Rua Itacuruça, onde ocorreu os disparos que mataram o rapaz. Para o advogado, Lucas afirma que a arma já estava no veículo quando decidiu ir atrás da vítima. “Ele havia comprado a arma há uns 10 dias, justamente para se defender da criminalidade nesse período de festas. Então para proteger ele e familiares, ele comprou a arma”.
Conforme Amilton, a arma tinha registro, mas a documentação ainda não estava no nome de Lucas. Detalhes do momento do crime, e se houve discussão entre ator e vítima antes dos disparos não foram revelados por Lucas em depoimento e devem ser esclarecidos pela polícia durante as investigações.
O caso - Conforme boletim de ocorrência, uma testemunha contou que no dia do crime, um veículo, aparentemente uma caminhonete, entrou na contramão, foi em direção à vítima e o ocupante disparou várias vezes. O rapaz foi morto com três tiros, no tórax e no rosto.
Igor era funcionário do Proinc (Programa de Inclusão Profissional) e trabalhava na entrada do estacionamento do Paço Municipal da Prefeitura. Ele era fichado na polícia por tráfico de drogas, porte de droga, posse de arma e já tinha passado pelo PTran (Presídio de Trânsito).