Comerciante que matou ao cobrar dívida fica em silêncio durante depoimento
O crime aconteceu na madrugada desta quarta-feira, 25, na Avenida Guaicurus, no Bairro Universitário
Apesar de afirmar a imprensa que matou o porteiro Igor Pereira de Faria Duarte ao cobrar uma dívida, Lucas Andrade de Menezes, de 24 anos, preferiu ficar em silêncio no primeiro depoimento a polícia, na tarde desta quinta-feira (26). O crime aconteceu na madrugada de ontem, 25, na Avenida Guaicurus, no Bairro Universitário.
Lucas procurou à 4ª Delegacia de Polícia Civil, localizada no Bairro Moreninha II, ao lado do advogado Amilton Ferreira de Almeida, que explicou em entrevista a versão do cliente sobre o crime. Segundo ele, o rapaz é dono da conveniência em que a vítima estava minuto antes do crime e que foi atrás de Igor para cobrar a dívida de R$ 200.
“Igor estava na conveniência desde às 22 horas do dia anterior, dando dor de cabeça para todo mundo, ameaçando os frequentadores, atrapalhando todo o movimento. Em certo momento da madrugada saiu sem pagar nada”, alegou Amilton.
Conforme a delegada Célia Maria Bezerra da Silva, titular da 4ª Delegacia de Polícia Civil, em depoimento Lucas preferiu manter silêncio. Ele foi questionado sobre os motivos para ter uma arma e principalmente sobre a relação com a vítima. “Era porque ele [Igor] devia? Tinha alguma briga antiga? São conhecidos, são inimigos? Perguntei tudo isso para ele”, detalhou.
Apesar do silêncio, a polícia tenta confirmar se de fato a dívida na conveniência foi a motivação para o crime. “Até onde a gente sabe ele perseguiu a vítima”. Imagens recuperadas de comércios próximo ao local do crime mostram o carro de Lucas invadir a contramão na Avenida Guaicurus e “cercar” Igor.
Na gravação, a rapaz anda até uma conveniência, compra uma lata de cerveja e volta a pé avenida. Neste momento é surpreendido pelo veículo. As imagens apreendidas pela investigação apontam ainda uma suposta discussão entre os dois, antes dos disparos.
Para a imprensa, o advogado de Lucas não explicou o que teria acontecido no momento do crime. Na versão apresentada pelo advogado, Lucas ainda teria comprado a arma há 10 dias, para se defender “da criminalidade no período de festas”. A arma foi entregue a polícia nesta tarde. O comerciante será indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe.