Comerciantes estendem horário para ver chegada de relógio na 14 de Julho
Instalação do monumento é aguardada com ansiedade por quem trabalha ou passa pelo Centro da Capital constantemente
As lojas já estavam fechadas, mas vendedores ambulantes da região Central de Campo Grande resolveram atrasar a ida para casa, nesta segunda-feira (10), para acompanhar a instalação do relógio da Rua 14 de Julho. O monumento, de aproximadamente 12 metros, ficará no cruzamento com a Avenida Afonso Pena, uma das principais da cidade.
O equipamento chegou ao local por volta das 20h e foi preciso cerca de 1h30 até que o relógio fosse finalmente erguido. Uma operação especial foi montado para realizar o transporte do relógio até o local. Por conta do tamanho, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) disponibilizou batedores que fizeram a escolta do caminhão até o Centro.
“Sempre que acaba o churros eu vou embora, mas hoje fiquei só para ver ele [o relógio] sendo instalado”, revelou a ambulante Aide Barbosa, de 59 anos, que há 13 anos trabalha na região.
A operação de instalação também chamou atenção de motoristas. Quem passava pelo local procurava andar devagar para conseguir olhar o monumento. Com ajuda de dois guindastes, o relógio foi retirado do caminhão e posicionado do canteiro criado especialmente para ele.
Isaque Barbosa, de 52 anos, é vendedor de pipoca e, em 20 anos, já viu muitas mudanças no Centro, mas está animado com mais essa novidade. “O monumento é muito importante para a cidade e acaba sendo bom até para o turismo”, afirma.
A vendedora Letícia Oruela, de 22 anos, trabalha em uma loja de calçados e comemorou a colocação do equipamento. “Ainda bem que estão colocando. Agora queremos que a obra seja concluída logo para ver como a 14 vai ficar”. revelou.
Com uma estrutura metálica vazada, mas sem marcar as horas, o monumento foi colocado no mesmo cruzamento onde o relógio original foi instalado, em 1933, marco zero da então cidade.
O símbolo foi demolido na década de 1970. Em 1999, uma réplica foi erguida no cruzamento da Calógeras com a Afonso Pena. A inciativa foi do movimento rotariano em comemoração aos 100 anos de emancipação política da Capital. O mesmo passou por restauração, recentemente, e continuará funcionando na quadra abaixo de onde o monumento foi instalado.