Comerciantes reclamam de prejuízo com interdição na Júlio de Castilhos
Os proprietários de estabelecimentos comerciais próximo ao cruzamento da avenida Júlio de Castilhos com a rua Yokoama estão preocupados com a queda nas vendas desde que iniciou a interdição do trecho para as obras de revitalização da avenida Júlio de Castilhos.
Os comerciantes relatam que as vendas caíram 50% desde o início das obras, há uma semana. Os frentistas do Posto 3420 contam que o movimento de carros na região está normal no período da manhã, pois muitos motoristas evitam passar pelo local. Entretanto, no período da tarde ocorrem alguns congestionamentos. A venda no Posto só não está pior porque alguns motoristas atravessam a calçada para conseguir acesso da Júlio de Castilhos para a Yokoama.
A vendedora Joana D’Arc conta que as vendas na loja de roupa onde trabalha despencaram desde que o acesso foi bloqueado e teme que as obras demorem a serem concluídas. A preocupação é maior porque muitos não sabem o tempo de execução e escutam falar que podem ocorrer novas obras.
A vendedora Deise Bel trabalha em uma loja de variedades, com produtos voltados principalmente para as festas de fim de ano. Ela conta que todos sentiram a diferença nas vendas e que teme prejuízo: “Pode ser que melhore, mas por enquanto está dando prejuízo. Logo agora que a gente vende bem”, lamentou.
A favor – A proprietária de uma loja de peças para motos, Socorro Pereira, também registrou queda nas vendas após a interdição, mas diz que vale a pena por conta dos benefícios gerados: “Lógico que atrapalha um pouco, mas pelo menos o prefeito está fazendo alguma coisa. Foi o único que fez alguma coisa por nós”. Socorro acredita que o problema poderia ser contornado se uma das vias fosse liberada durante a execução das obras. Todavia, relata que o serviço está sendo executado com rapidez.
A revitalização da Júlio de Castilhos foi iniciada no dia 20 de agosto e tem 14 meses para ser concluída. O projeto tem investimento de R$ 19 milhões e foi dividido em 10 etapas. “O bom de tudo isto é que, de acordo com a CVI [Câmara de Valores Imobiliários], somente com a poeira da obra, os imóveis terão uma valorização de, pelo menos, 35%”, informou o prefeito durante a assinatura das ordens de serviço.
