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Capital

Comércio abre normalmente e mototaxistas lucraram em dia de paralisação

Manifestação foi convocada para esta sexta-feira, mas por enquanto só mudou rotina da cidade no início da manhã

Jones Mário e Ronie Cruz | 14/06/2019 10:26
No Peg-fácil da Rua 13 de Maio, fluxo de passageiros despencou pela manhã (Foto: Ronie Cruz)
No Peg-fácil da Rua 13 de Maio, fluxo de passageiros despencou pela manhã (Foto: Ronie Cruz)

Até agora, pouca coisa mudou na rotina de Campo Grande por conta da paralisação convocada para esta sexta-feira pelos sindicatos, contra a reforma da Previdência. Os órgãos estaduais abriram hoje normalmente e os municipais estão fechados por conta do feriadão, assim como todas as escolas públicas.

Em duas agências bancárias procuradas pela reportagem, a informação é de que o funcionamento será como em qualquer outro dia. O comércio também abriu normalmente, apesar de alguns funcionários atrasados por conta da paralisação de três horas dos motoristas do transporte coletivo.

Quem comemorou o protesto logo cedo foram os mototaxistas. Sem ônibus nas ruas entre 4h e 7h20min, o jeito para chegar ao serviço foi recorrer à alternativa mais rápida para evitar atrasos.

O mototaxista Sidnei Domingues, 41 anos, garante que o fluxo de clientes aumentou 70% em relação a dias comuns. “Correria total agora de manhã. Como não tinha ônibus circulando, qualquer lugar que eu ia tinha gente esperando mototaxista”. Segundo ele, o pico do movimento foi entre 6h30min e 8h.

Domingues ainda aproveitou para criticar a greve dos motoristas. “Eles não deveriam ter pego os passageiros de surpresa. Deveriam ter avisado. E isso aí não vai virar nada. Parando ou não, não vai ter jeito. A reforma da Previdência vai passar e eu sou a favor”, comentou, sobre uma das pautas combatidas pelo movimento grevista.

A paralisação do transporte coletivo também motivou o atraso de quatro dos seis funcionários de um salão de beleza situado no centro da cidade. O grupo deveria estar no local às 8h, mas às 9h30min ainda não haviam chegado. De acordo com a gerente Laida Morais, 29, quem não perdeu o horário precisou gastar mais.

“Quem conseguiu chegar mais cedo pagou quase R$ 40 só de Uber, enquanto o passe de ônibus custa bem menos. Chegou cliente para fazer design de sobrancelha, mas tive que dispensar porque o funcionário não tinha chegado”, revelou.

Já a cuidadora de idosos Marinalva Morais, 70, já estava há uma hora no ponto de ônibus da Rua 13 de Maio quando foi ouvida pela reportagem. Ela aguardava o coletivo para o Bairro Arnaldo Estevão de Figueiredo depois de uma noite de plantão.

“Já era para eu estar em casa. Estou exausta. Liberaram os ônibus, mas o meu ainda não chegou”. Marinalva era uma das poucas pessoas que esperavam ônibus no terminal Peg-fácil da Praça Ary Coelho.

Os motoristas de ônibus aderiram à greve nacional de hoje, que protestam contra a reforma de Previdência em trâmite no Congresso Nacional.

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