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Capital

Comissão pede apoio da polícia para combater exploração sexual de menores

Renan Nucci e Filipe Prado | 29/04/2015 10:59
Comissão esteve reunida com delegados na sede da DGPC/MS na manhã desta quarta-feira (29). (Foto: Marcelo Calazans)
Comissão esteve reunida com delegados na sede da DGPC/MS na manhã desta quarta-feira (29). (Foto: Marcelo Calazans)

Preocupada com o caso de exploração sexual de três adolescentes envolvendo ex-políticos de Campo Grande, a Comissão de Defesa dos Direitos das Mulheres, Crianças e Adolescentes, fundada recentemente, se reuniu nesta quarta-feira (29) com os delegados Roberval Maurício Cardoso, da DGPC/MS (Delegacia-Geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul), e Paulo Sérgio Lauretto, da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente),  em busca de medidas para combater o problema.

De acordo com a vereadora Carla Stephanini (PMDB), idealizadora da comissão, o foco das ações deve se concentrar, principalmente, na fiscalização a motéis, contando também com a ajuda de outras instituições. Ela acredita que estes estabelecimentos são utilizados como pontos de exploração. Para ela, escândalos como o que resultou na prisão de Fabiano Otero Viana, do empresário Luciano Roberto Pageu e do ex-vereador Robson Martins, não podem voltar a acontecer. “Queremos que não se repita”, afirmou.

Rosângela Lieko, representante do Conselho de Combate à Violência Doméstica Familiar Contra a Mulher, da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional regional), afirmou o grupo visa o combate direto da exploração de adolescentes, e que está preocupada com a família das três meninas que foram vítimas. “Neste momento, elas estão sob medidas protetivas”, disse a advogada. Os delegados que participaram da reunião não puderam falar com a imprensa, pois tinham agendas urgentes para cumprir.

Investigações - Denúncia de exploração sexual resultou na prisão de Fabiano, Luciano e Robson. O agora ex-vereador Alceu Bueno também está envolvido e teve o mandato cassado. Ele foi flagrado mantendo relações sexuais com adolescentes. O caso estava sendo investigado pela DEPCA por meio de denúncia, mas veio à tona no último dia 22, quando Luciano e Robson foram presos em flagrante por extorsão, enquanto recebiam dinheiro de Bueno no estacionamento de um supermercado para que as imagens compromedoras não fossem divulgadas.

Alegando inocência, Bueno informou a situação às autoridades pois estaria, supostamente, casando de ser extorquido, porém, acabou sendo indiciado e destituído do cargo público, mas não está preso. Fabiano, por sua vez, seria o aliciador das adolescentes e mentor do esquema. Ele abrigava as meninas em sua casa e articulava os encontros. Em depoimento, disse que pelo menos outras dez pessoas devem estar envolvidas, como vítimas, mas que só vai relatar os nomes em juízo, na fase delação premiada. As investigações seguem por parte da DEPCA.

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